O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD) celebrou, nesta quarta-feira (19), o acordo com o governador Romeu Zema (Novo) para diminuir o prazo de conclusão do processo de limpeza da Lagoa da Pampulha.
Um acerto entre o governo estadual e o poder público da capital vai diminuir, de cinco para três anos, o tempo que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) tem para eliminar o lançamento de esgoto no espelho d'água.
“Esse ganho de tempo vai permitir que possamos limpar a Lagoa definitivamente muito mais rápido. Para mim, esse acordo com a Copasa e com o governador Zema foi muito importante para Belo Horizonte e para a Lagoa da Pampulha. Foi muito importante para que a cidade possa ver, em prazo mais curto, uma lagoa limpa, bem tratada, cuidada e não uma Lagoa suja, como temos hoje”, disse, após vistoriar obras viárias no Bairro Castelo, na Região da Pampulha.
À Itatiaia, Fuad festejou a “atenção importante” dada por Zema a Belo Horizonte. Eles se reuniram nessa terça-feira (18), na Cidade Administrativa, para tratar da Lagoa da Pampulha.
“Fiquei muito satisfeito com a reunião com o governador. Ele foi muito gentil com a cidade. Ele tem uma atenção importante para Belo Horizonte. Só tenho a agradecê-lo por esse esforço adicional, de colocar mais dinheiro na Copasa, para que possa fazer o projeto mais rapidamente”, falou.
Para coibir a chegada dos detritos ao cartão-postal da Pampulha, é preciso ligar cerca de 10 mil casas à rede de esgoto. Segundo a Copasa, 25% do processo já está pronto.
Paralelamente aos trabalhos da companhia, cabe à Prefeitura de BH cumprir com contrapartidas como a desapropriação de imóveis.
Segundo Fuad, o alinhamento entre o Executivo municipal e a empresa de saneamento é essencial para interromper ciclo de repetidos incômodos vistos por quem passa pela orla.
“Você limpa, gasta muito dinheiro, tira todo o resíduo e, no mês seguinte, está tudo cheio de novo porque o córrego que alimenta aquela região vem trazendo o esgoto de 10 mil casas para lá", explicou.
CPI vai parar na Justica
No fim do ano passado, a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) instaurou Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades nos contratos firmados para a limpeza da lagoa. O comitê foi encerrado na semana passada sem apresentar conclusões formais devido a um impasse entre vereadores sobre o conteúdo do relatório final.
Agora, parlamentares trabalham para instaurar uma nova CPI da Pampulha. Assim, seria possível aprovar relatório do vereador Braulio Lara (Novo), que chegou a sugerir, ao Ministério Público, o pedido de indiciamento do secretário municipal de Governo, Josué Valadão.
Nessa terça-feira, a Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte (PGM-BH) acionou a Justiça para tentar barrar o início da segunda CPI.
“Nossa procuradoria entende que há um vício nessa criação e estamos recorrendo. A Justiça vai dizer se temos razão ou não”, assinalou Fuad, ao tratar do tema.