O projeto apresentado pela PBH para o terreno do Aeroporto de Carlos Prates divide opiniões. Estão previstas construções de quatro mil casas, parque, escola e unidade de saúde.
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Enquanto famílias de baixa renda que estão na fila por moradia torcem para que projeto avance rapidamente, os moradores da região afirmam que a prefeitura planeja construir um novo bairro sem a estrutura necessária. Moradores alertam para riscos de enchentes na região e danos ambientais na região.
Serjão, vice-coordenador da Pastoral Metropolitana dos Sem Teto, espera que os integrantes do movimento sejam contemplados. “Quase 4 mil moradores sem casas. Temos moradores que pagam aluguel que moram de favor ou em áreas de risco. Estamos apostando todas nossas fichas no aeroporto Carlos Prates”, diz.
Susana Renata é uma das pessoas que espera morar no futuro bairro. Ela está desempregada e mora de favor atualmente. “Estou morando de favor na casa de uma filha. Espero que esse projeto vá para frente, com luta, com marra, a casa sai na marra. Vai ser desesperador se esse projeto não sair”, diz.
Já moradores da região demonstram receio com a construção do novo bairro. Luzana mora no Padre Eustáquio há 41 anos e não concorda com o projeto.
“Não concordo porque ali é área de nascente, tínhamos antigamente na Pedro II um brejo com um rio. Agora a prefeitura quer pavimentar, abrir rua, colocar casa e já estamos sofrendo com problemas de enchentes. Lá perto da Via Expressa, na Olinto Magalhães e na Pedro II sempre temos pontos de alagamento. A prefeitura não está ouvindo os moradores do bairro”, afirma a moradora.