Uma hora após a maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatar uma ação que torna Bolsonaro inelegível por 8 anos, o ex-presidente criticou o julgamento da corte eleitoral e afirmou que adversários atuaram politicamente nas eleições de 2022 para impedir sua vitória.
“Desde quando assumiu falaram que eu ia dar um golpe. Nós acompanhamos as eleições, a maneira como o TSE agiu, me proibindo até de fazer live na minha casa. Me recolhi, a transição foi feita em absoluta tranquilidade, ninguém do PT pode reclamar sobre a transição. Dia 30 eu saí do Brasil e, infelizmente, aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala em golpe, não sabe o que é golpe. Com todo respeito aos analfabetos políticos”, afirmou Bolsonaro.
“Aquelas autoridades que vinham ao longo do tempo dizendo que tinham que salvar o Brasil de uma ditadura, de uma forma ou de outra, contribuíram com aqueles números do TSE. Agora contribuíram para minha inelegibilidade”, continuou o ex-presidente.
Ao fazer críticas à decisão do TSE, ele citou as declarações do presidente do PDT e ministro do governo Lula, Carlos Lupi, em defesa do voto com comprovante impresso. A ação julgada nesta sexta-feira (30) pelo TSE foi aberta com um pedido do PDT.
“Carlos Lupi me acusou de lutar pelo voto impresso, mas ele mesmo deu uma declaração há dois anos falando que sem voto impresso a fraude impera. O PDT, que sempre teve como bandeira o voto impresso, inclusive baseado em Leonel Brizola no caso Proconsult, me acusou”, disse o ex-presidente.