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Lula revela telefonema a FHC e fala em ‘pedir desculpas’ a Sarney

Presidente da República ligou para o tucano nesse domingo (19); antes, na sexta-feira (17), esteve com emedebista

FHC e Lula se encontraram presencialmente no ano passado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou, nesta segunda-feira (19), o conteúdo da conversa ao telefone que teve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSD) nesse domingo (18). O petista ligou para o tucano a fim de parabenizá-lo pelo aniversário de 92 anos.

No segundo turno do ano passado, FHC declarou voto em Lula. José Sarney, com quem ele esteve na sexta-feira (17), fez a mesma escolha.

“Eu liguei para o Fernando Henrique Cardoso porque ele estava (completando) 92 anos de idade. E, como eu sonho em viver até os 120, falei ‘vou ligar para o Fernando Henrique Cardoso para adquirir um pouco de experiência sobre como é chegar aos 92’”, disse, durante conversa com o jornalista Marcos Uchôa no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF).

Lula afirmou que, durante o bate-papo, FHC se mostrou “muito bem”. “Ele estava bom, sorridente e me agradeceu pelo telefonema”, falou.


Encontro com Sarney para ‘pedir desculpas’

Foi a segunda conversa de Lula com ex-presidentes em três dias. O chefe do Executivo convidou Sarney para viajar até Rio Verde (GO) a fim de participar da inauguração da Ferrovia Norte-Sul. Questões climáticas, porém, adiaram a agenda.

“O convidei para ir comigo na inauguração da Ferrovia Norte-Sul, que ele começou em 1987. Eu era constituinte e muito crítico ao Sarney. Depois, nos meus governos e de Dilma fizemos 90% dessa ferrovia”, pontuou.

Lula garantiu que a viagem com Sarney ao interior goiano será remarcada. Ele falou em utilizar o evento para “pedir desculpas” ao emedebista por críticas passadas.

“Estamos vivendo em um mundo em que, toda vez que a gente puder transparecer, nas atitudes, fraternidade, amor, bondade e solidariedade, temos de fazer. É preciso acabar com esse clima de ódio que foi criado no mundo. A gente não estava acostumado a isso. Disputávamos eleição, perdíamos ou ganhávamos, e a vida continuava”, encerrou o presidente, antes de acusar o antecessor Jair Bolsonaro (PL) de “coordenar” o que chamou de “golpe”.

Graduado em Jornalismo, é repórter de Política na Itatiaia. Antes, foi repórter especial do Estado de Minas e participante do podcast de Política do Portal Uai. Tem passagem, também, pelo Superesportes.