O projeto com as definições do que será feito na área do aeroporto Carlos Prates será apresentado oficialmente nesta segunda-feira (5) na Secretaria de Patrimônio da União, em Brasília.
A expectativa é que o material seja recebido pelo chefe da pasta, Lúcio de Andrade. O prefeito, Fuad Noman, do PSD, antecipou à Itatiaia que não irá à capital federal, mas vai enviar uma equipe técnica.
“Nosso objetivo é fazer um grande bairro, com moradias populares, um parque muito grande, comércio, equipamentos públicos, UPA, posto de saúde, educação. Criar ali um novo bairro. E aproveitar aquelas pessoas que estão ali, sem nenhum tipo de atendimento, trazer atendimento para perto. Usar para o bem da cidade”, disse o prefeito Fuad Noman.
Na semana passada, em uma reunião online, o executivo apresentou a técnicos da Secretaria de Patrimônio da União a proposta de destinação social para o local, com a construção de moradias, escolas de educação infantil e fundamental, centro de saúde e UPA, praças, quadras esportivas e um conjunto de obras de mobilidade na área que tem de mais de 500 mil metros quadrados, o equivalente a três parques municipais.
Visita técnica
Uma visita técnica à área do aeroporto por técnicos da SPU e da Prefeitura também ocorreu na última sexta.
Grande parte da estrutura que funcionava no local já foi desativada e retirada, e o prazo para retirada de mobiliário e o encerramento de atividades administrativas vai terminar em 30 de julho. A Prefeitura mantém convênio com a União para a guarda da área até setembro. A expectativa é que durante o período seja encerrado o processo de análise do projeto e transferência definitiva da área, para que as primeiras intervenções sejam realizadas.
Na assembleia, há críticos e defensores do projeto da prefeitura. Parlamentares do bloco de oposição defendem principalmente a ideia de que parte da área do aeroporto seja utilizada construção de moradias para pessoas que não tem onde morar ou que residem em áreas na capital mineira. Deputados têm falado que cerca de duas mil residências podem ser construídas no local.
Na contramão, há parlamentares que afirmam que a construção desse volume de casas vai provocar um nó no trânsito da região.
‘Estão todos perplexos’
Crítico do fechamento do aeroporto, o deputado Bim da Ambulância, do Avante, afirma que as empresas e pilotos têm enfrentado dificuldades para encontrar outro aeroporto para se instalar.
“Eu falo com propriedade porque sou piloto de helicóptero e de avião, sou formado no Aeroporto Carlos Prates, fiz minha formação naquele aeródromo. Estão todos perplexos, pois chega-se um gestão que dá como opção um aeroporto, que não tem hangares, não tem estrutura, não tem nada, em Conselheiro Lafaiete, está desativado. Em Pará de Minas, também não há estrutura para comportar as aeronaves. O problema que está aqui se transfere para lá? De forma amadora e, pasmem, não são pessoas que entendem de aviação que estão tomando essa decisão”, afirmou o deputado.
A Prefeitura garante que vai promover obras de melhorias na infraestrutura na região para melhorar os acessos ao terreno do aeroporto.