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MG pode receber 250 mil casas do Minha Casa, Minha Vida, diz deputado petista

ALMG realizou audiência pública para discutir o programa do governo federal

O deputado estadual Leleco Pimentel

Segundo estado com maior déficit habitacional do país, Minas Gerais pode receber 250 mil casas do programa Minha Casa, Minha Vida, iniciativa relançada pelo governo federal no início do ano. A projeção é do vice-presidente da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Leleco Pimentel (PT).

A partir do dia 30 de maio, prefeituras, entidades e governos poderão se habilitar para receber as moradias ofertadas pelo programa.

“Nós esperamos que, do anúncio de 2 milhões de moradias, Minas atinja 250 mil. Acredito que se a atuação das entidades for na proporção que nós imaginamos, isso possa chegar a 400 mil moradias em Minas nessa parceria direta com os sem-teto, movimentos, prefeituras e, claro, que o governo do estado acordando, pode ajudar ainda mais seu povo, coisa que até agora não fez”, disse o petista na quarta-feira (17) após audiência pública realizada para discutir o tema.

Para a zona rural, a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida abarca famílias com renda bruta anual de até R$ 31.680; a faixa 2 com renda de R$ 31.680,01 até R$ 52.800; e a faixa 3 com renda de R$ 52.800,01 até R$ 96.000.

Já para as zonas urbanas, a faixa 1 é destinada às famílias com renda mensal de até R$ 2.640; a faixa 2 para os agrupamentos familiares com renda de R$ 2.640,01 a R$ 4.400; e a faixa 3 para renda de R$ 4.400,01 a R$ 8.000.

Leleco Pimentel também criticou a atuação da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG) no governo Zema. Na visão do deputado, a Cohab-MG deveria ofertar os terrenos que possui por meio de chamada pública para moradias do Minha Casa, Minha Vida.

“No entanto, o que [a Cohab] fez? Preparou os terrenos todos para vender. Vendeu aquilo que não é seu. E hoje o nosso povo vai ter as terras do seu município na mão da Cohab que não está interessada em ofertá-las para construir Minha Casa, Minha Vida. Isto é o retrato da Cohab: não é culpa de seus funcionários, mas do governo Zema”,

A Itatiaia questionou o governo de Minas sobre as críticas do deputado, mas não recebeu retorno. Parlamentares da base do governo também foram procurados, mas indicaram que a resposta deveria ser dada pelos técnicos da Cidade Administrativa.

Déficit habitacional

O levantamento mais recente da Fundação João Pinheiro, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), aponta que o déficit habitacional do Brasil é de mais de 5,8 milhões de moradias, sendo 85% delas localizadas em áreas urbanas.

São Paulo é o estado com maior déficit absoluto, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro. Só em Minas, o déficit chega a 496 mil domicílios. Os dados são relativos a 2019.

O programa Minha Casa, Minha Vida é um dos carros chefes do governo Lula. Em março, o petista regulamentou a medida provisória que estabelece a nova versão da iniciativa. A publicação revogou o decreto que estabelecia o programa Casa Verde e Amarela, criado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Uma das principais novidades do Minha Casa, Minha Vida foi o reajuste na renda máxima para a faixa 1, que passou de R$ 1.800 para R$ 2.640. O governo Lula pretende contratar dois milhões de moradias até 2026, fim do terceiro mandato do petista.

Repórter de política na Rádio Itatiaia. Começou no rádio comunitário aos 14 anos. Graduou-se em jornalismo pela PUC Minas. No rádio, teve passagens pela Alvorada FM, BandNews FM e CBN, no Grupo Globo. No Grupo Bandeirantes, ocupou vários cargos até chegar às funções de âncora e coordenador de redação na BandNews FM BH. Na televisão, participava diariamente da TV Band Minas e do BandNews TV. Vencedor de 8 prêmios de jornalismo. Já foi eleito pelo Portal dos Jornalistas um dos 50 profissionais mais premiados do Brasil.