O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta segunda-feira (8), a indicação de Gabriel Galípolo para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). Galípolo é, neste momento, o secretário-executivo da Fazenda federal.
O anúncio de Haddad foi feito em São Paulo (SP), durante conversa com jornalistas. Ele também vai recomendar a escolha de Ailton Aquino dos Santos para dirigir o setor de Fiscalização do Banco Central.
As indicações do Ministério da Fazenda para o BC terão de ser analisadas pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Os antigos ocupantes das diretorias eram Bruno Serra (Política Monetária) e Paulo Souza (Fiscalização).
“Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas e trabalha comigo há muitos meses. É coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, disse Haddad, ao defender a ida do “número dois” da Fazenda para o BC.
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política, Galípolo comandou o Banco Fator até 2021. Ele chegou a compor a equipe econômica do ex-governador paulista José Serra (PSDB).
Galípolo é aposta para entrosar equipes
Segundo Haddad, a ida de Galípolo para o Banco Central foi aventada pela primeira vez por Roberto Campos Neto, presidente da instituição. O ministro revelou que ele e Campos Neto tiveram uma conversa sobre o assunto em março, durante viagem à Índia por causa da reunião do G20.
Haddad afirmou que Campos Neto pensou em Galípolo como um interlocutor capaz de “entrosar” as equipes do BC e da Fazenda.
Ailton Aquino, o indicado para a área de Fiscalização, é auditor-chefe do Banco Central. Ele será o primeiro negro a compor o corpo diretivo da instituição.
Haddad, vale lembrar, viaja nesta segunda-feira ao Japão para participar, como convidado, do encontro do G7.
Se a indicação de Gabriel Galípolo for aprovada pelos senadores, a secretaria-executiva da Fazenda vai ficar com Dario Durigan.