A Prefeitura de Belo Horizonte pediu um prazo maior para fechar um acordo com a Câmara Municipal sobre as contrapartidas para que um subsídio de R$ 476 milhões seja repassado às empresas de ônibus. Ainda não há data para posicionamento do Executivo municipal.
Em reunião nesta quarta-feira (26), na sede da prefeitura, o prefeito Fuad Noman (PSD) alegou que a equipe técnica do Executivo municipal ainda precisa calcular quanto seria a tarifa caso o subsídio seja aprovado pelos vereadores
Na negociação, a Câmara Municipal incluiu o retorno da tarifa a R$ 4,50 para que o repasse seja autorizado - mas, o valor depende do posicionamento da prefeitura. Desde o dia 23 de abril, a passagem de ônibus na capital mineira custa R$ 6, após acordo feito com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais e representantes das empresas de ônibus.
Essa é a segunda reunião entre prefeitura e Câmara para definir a situação das passagens de ônibus na capital mineira. Nesta terça-feira (25), Fuad disse que a passagem em Belo Horizonte iria “abaixar bem”.
Veja:
“O prefeito pediu para avisar que a equipe técnica da prefeitura precisa de mais tempo para deixar claro qual o valor da tarifa para que o subsídio seja aprovado. Vou respeitar o tempo que o prefeito me pediu para que a equipe diga qual será o preço oficial”, disse o presidente da Câmara Municipal, vereador Gabriel Azevedo (sem partido).
O prefeito Fuad Noman não compareceu a uma entrevista coletiva ao final da reunião devido a uma consulta médica que já estava marcada, segundo o parlamentar.
Sem resposta da Prefeitura de Belo Horizonte, a Câmara irá manter a tramitação de um
Ainda de acordo com o vereador, uma reunião deve ser marcada com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar acelerar a aprovação de um projeto de lei para que Belo Horizonte consiga captar mais recursos para o sistema de transporte público.
Contrapartidas custam R$ 6,8 milhões
A prefeitura calcula em R$ 6,8 milhões por mês os custos para manter contrapartidas ao subsídio destinados às empresas. Isso inclui a tarifa zero em linhas que operam em vilas e favelas, passe livre estudantil, mulheres vítimas de violência doméstica e um auxílio social para pessoas que procuram emprego ou famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.