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‘Todes’, ‘menines’ e ‘elu': Câmara de BH vota hoje se escolas da capital podem usar linguagem neutra

Vereadores vão votar em segundo turno projeto que proíbe o uso da linguagem não-binária nas escolas da capital mineira

Vereadores de BH vão decidir se escolas da capital devem proibir o uso de linguagem neutra

Os vereadores de Belo Horizonte vão decidir de forma definitiva na tarde desta quinta-feira (13) se as escolas da capital mineira devem proibir ou não o uso da linguagem não-binária, a chamada linguagem neutra, em suas salas de aula.

O projeto do ex-vereador e hoje deputado Nikolas Ferreira (PL) foi aprovado em primeiro turno na Câmara de BH no ano passado e será votado agora em segundo turno.

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De acordo com o texto do PL 54/2021, fica proibido o uso da linguagem neutra nas escolas de BH e os alunos devem ter o direito ao aprendizado da língua portuguesa com base nas orientações nacionais de educação, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e na gramática elaborada nos termos da reforma ortográfica ratificada pela comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O objetivo do PL 54/2021 é proibir a denominada linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas e privadas, impondo sanções administrativas às que violarem a regra (na chamada linguagem neutra, a vogal temática e o artigo são substituídos, por exemplo, pela letra “x” ou “e”, evitando a distinção de gênero - “todes” em vez de todos, “alunxs” em lugar de alunos, “ile” em lugar de eles ou elas).

A proposta dividiu opiniões na audiência pública da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, realizada em julho de 2021, e também no Plenário, onde, com manifestações contra e a favor de parlamentares e da galeria, foi aprovada pela maioria dos presentes e retornou às comissões para análise das 13 emendas recebidas.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.