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Prefeitura de BH suspende nomeação de chefe da SLU, preso por suspeita de fraude

Nomeação de João Batista Neto passará pelo Conselho de Ética Pública do município; coluna da Itatiaia revelou caso

Nomeação para presidência da SLU foi suspensa pela Prefeitura de Belo Horizonte

A Prefeitura de Belo Horizonte suspendeu a nomeação de João Batista Neto para a presidência da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). O cancelamento se deu após divulgação de reportagem da Itatiaia que revelou que o engenheiro foi preso temporariamente em abril do ano passado durante uma operação da Polícia Civil de Minas Gerais e do Ministério Público (MP).

De acordo com comunicado da prefeitura, o nome de João Batista Neto será analisado pelo Conselho de Ética Pública do município. Segundo o Executivo municipal, a iniciativa partiu do próprio engenheiro.

“A posse do Engenheiro João Batista Neto na Superintendência de Limpeza Urbana está adiada até que o Conselho de Ética Publica do Município de Belo Horizonte analise documentação relativa a fatos que teriam ocorrido em Contagem e veiculados na data de hoje. A iniciativa da análise partiu do próprio João Batista, que encaminhou toda a documentação ao Conselho de Ética”, diz o texto.

Investigação

Conforme revelou coluna do jornalista Lucas Ragazzi nesta terça-feira (11), o novo chefe da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) da Prefeitura de Belo Horizonte, João Batista Bahia Neto, foi preso temporariamente, em abril de 2022, durante operação que investigava possíveis fraudes cometidas em contratos de administração de um aterro sanitário da Prefeitura de Contagem.

João Batista Neto foi nomeado na última quinta-feira (7), durante troca realizada em diversas pastas da prefeitura. Ele é ligado ao deputado federal Luis Tibé (Avante-MG).

Na época das supostas irregularidades em Contagem, em 2017, Batista Neto atuava como subsecretário de Obras e Serviços Urbanos na gestão Alex de Freitas.

Segundo as investigações, o engenheiro, junto com outros ex-servidores da Prefeitura de Contagem, revogaram uma licitação em andamento para contratar uma empreiteira que estava inativa desde 2003. Na avaliação dos promotores, havia indícios de que a firma foi usada como fachada para a confecção de um contrato de R$ 15 milhões.

“Há indícios que João Batista Bahia Neto e José Eduardo de Rezende Dutra atuavam na Secretaria Municipal de Obras, sendo considerados os responsáveis pela solicitação de contratação direta de empresa para prestação do serviço e posterior fiscalização do contrato firmado”, mostra trecho do inquérito policial.

Atualmente, a investigação continua em andamento na Procuradoria de Justiça em Contagem.

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