A sessão da Comissão de Administração Pública, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi suspensa nesta quarta-feira (29), depois que o deputado estadual Coronel Sandro (PL) ofendeu a também deputada Beatriz Cerqueira (PT) durante discussão sobre o projeto de reforma administrativa proposto pelo governador Romeu Zema (Novo).
A oposição tenta obstruir o avanço da proposta para adiar a votação da reforma, que altera uma série de estruturas do Executivo estadual, como a de política contra as drogas e a Fundação Caio Martins (Fucam).
Durante a discussão da proposta, sobre a presença das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) na administração Zema, o deputado Coronel Sandro ofendeu a colega.
“Para a oposição, não servem as Oscips que não estão sob comando da ‘companheirada’. O deputado ou a deputada vira um leão ou uma leoa quando é a Oscip do governo Zema, mas vira um gatinho ou uma gatinha de pelúcia quando a Oscip é da companheirada, porque querem a farra do dinheiro”, disse.
Em seguida, a deputada questionou o presidente da comissão, João Magalhães (MDB) se ele permitiria que a ofensa seguisse.
“O senhor vai permitir que ele me chame de gatinha de pelúcia, presidente? Vamos transformar a [comissão de] administração pública no circo que eles fazem em outras comissões?”, questionou.
Em seguida a comissão foi suspensa e, depois a deputada chorou e deixou o local da comissão, dizendo que tinha chegado ao seu limite de tolerância com as ofensas sofridas na Assembleia Legislativa.
O deputado Coronel Sandro, por sua vez, disse ter tido o direito à fala desrespeitado e que não citou o nome de ninguém, apesar de a deputada Beatriz Cerqueira ser a única mulher presente na comissão naquele momento. O parlamentar também foi vaiado pelo público que acompanhava a sessão.