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Governistas retiram assinatura e CPI dos Atos Antidemocráticos perde força no Senado

Nove senadores retiraram as assinaturas de pedido apresentado por Soraya Thronicke (União Brasil)

Senadores retiram assinaturas de pedido para CPI dos Atos Antidemocráticos

A CPI dos Atos Antidemocráticos perdeu força no Senado ao longo dos últimos dias e dificilmente sairá do papel. O pedido protocolado pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil) não teve as assinaturas confirmadas, por isso não deve ser aceito pela Mesa Diretora da Casa.

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Inicialmente, 42 senadores assinaram o pedido para que os atos do dia 8 de janeiro fossem investigados em uma comissão parlamentar do Senado. No entanto, dois meses depois, apenas 15 senadores ratificaram as assinaturas.

Dessa forma, o número mínimo de 27 assinaturas não foi alcançado e o pedido de CPI não pode ser confirmado, ou seja, o texto acabou perdendo a validade.

Nove senadores aliados ao Palácio do Planalto retiraram a assinatura e 20 senadores não se manifestaram.

Veja a lista dos senadores que retiraram seus nomes da CPI:

  • Flávio Arns (PSB-PR)

  • Humberto Costa (PT-PE)

  • Leila Barros (PDT-DF)

  • Fabiano Contarato (PT-ES)

  • Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

  • Zequinha Marinho (PL-PA)

  • Zenaide Maia (PSD-RN)

  • Weverton Rocha (PDT-MA)

  • Angelo Coronel (PSD-BA)

Inicialmente, a bancada governista se mobilizou para abrir a CPI que iria investigar os atos antidemocráticos. Mas, com uma orientação do Palácio do Planalto para que a comissão não fosse instalada, o cenário mudou e apenas a oposição se mobilizou para abrir a CPI.

No dia 9 de janeiro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede), líder do governo Lula no Senado, afirmou que a CPI seria fundamental para apurar os ataques às sedes dos Três Poderes.

“A senadora Soraya protocolou ainda ontem e acredito que já temos o número mínimo e defendo a instalação imediata desta CPI”, afirmou Randolfe. Semanas depois, após posição contrária do Planalto, o líder de governo mudou de posição e passou a ser contra a abertura da CPI.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.