Adriano Veloso Barbosa, ex-sócio de
Barbosa foi um dos alvos da Operação Baião de Dois, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que, na última semana, cumpriu sete mandados de busca e apreensão para recolher provas para uma investigação de fraude em licitações.
O MPMG suspeita que o grupo ligado a Alvimar criou outras três empresas que simulavam ser concorrentes para, dessa forma, participar de processos de licitação e assinar contratos milionários com o Estado.
Novas empresas, novos contratos
Duas dessas empresas têm Adriano Veloso Barbosa, ex-sócio da Stillus, em seu quadro societário: Consórcio 2021 e HR Refeições. Foi no endereço desta última, localizada no Barro Preto, em Belo Horizonte, que os investigadores bateram na porta para cumprir um dos mandados de busca e apreensão da Operação Baião de Dois.
A Consórcio 2021 foi criada há dois anos e, desde então, já recebeu dos cofres estaduais, R$ 60,5 milhões entre 2021 e 2023.
Já a relação da HR Refeições com o Governo de Minas vem desde 2019, quando recebeu R$ 17 mil da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de MG). Os valores foram aumentando até atingirem R$ 22,6 milhões em 2022. De 2019 para cá, os contratos somam R$ 58 milhões.
Veja quanto faturaram as empresas de Adriano Barbosa em contratos com o Governo de Minas:
Por meio de nota, a HR Refeições afirmou que foi “surpreendida com a busca e apreensão de documentos que, se previamente solicitados, seriam prontamente apresentados ao Ministério Público, já que nem empresa, nem seu representante, foram instados a se manifestar para esclarecer os fatos. Oportunamente, a empresa reafirma sua lisura, transparência e correição na participação de processos licitatórios, sempre prestando serviços com qualidade e eficiência, bem como sua inteira disponibilidade perante as autoridades investigadoras”.
A Itatiaia também entrou em contato com o Governo de Minas e questionou o fato de uma pessoa ligada a uma empresa declarada “inidônea” conseguir firmar contratos com a administração pública estando à frente de novas empresas. O Executivo estadual não respondeu aos questionamentos da reportagem.