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Guedes diz que conversou com Haddad sobre ‘compromisso com a responsabilidade fiscal’

Ministro da Economia do governo Bolsonaro se reuniu com favorito de Lula para assumir pasta da Fazenda

Ministro da Economia Paulo Guedes se reuniu com equipe de transição do governo Lula

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que tem mantido conversas com a equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a necessidade de aprimorar as regras do teto de gastos.

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Na manhã desta quinta-feira (8), o ministro se reuniu com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que é o nome mais cotado para assumir o Ministério da Fazenda no governo Lula.

O Ministério da Economia, que hoje é comandado por Guedes, será desmembrado em três pastas: Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio. "É uma transição normal, natural, a gente quer que seja o mais suave possível”, afirmou Haddad.

"É preciso manter um duplo compromisso, com a responsabilidade fiscal de um lado. Estive em 16 sessões no Congresso explicando cada R$ 1 bilhão de furo do teto”, afirmou Paulo Guedes, horas após o encontro com Haddad, durante cerimônia de premiação do XXVII Prêmio Tesouro de Finanças Públicas.

Segundo ele, o teto é uma das ferramentas disponíveis e que a equipe econômica utiliza também várias outras. “Explicamos cada vez que furamos o teto pelo defeito de construção. O teto foi muito mal construído”, argumentou.

De acordo com o ministro, ao longo do tempo, foram feitos reparos, mas sempre honrando o espírito de austeridade fiscal, e que o Tesouro e a Secretaria de Política Econômica (SPE) fizeram projetos de revisão de teto. “Certamente estamos conversando com a transição, com a economia, mostrando que há aperfeiçoamentos e que vamos seguir aperfeiçoando essas ferramentas”, relatou.

Guedes explicou que se há o objetivo de controlar a inflação, tem o sistema de metas e a variável de controle são os juros. Se a intenção é controlar o balanço de pagamentos, o desequilíbrio externo,a variável de controle é a variação cambial.

“No caso, o que queremos é a sustentabilidade fiscal. Tem muito mais a ver com dívida/PIB do que com teto”, disse.

O ministro da Economia afirmou ainda que os dados divulgados pelo Tesouro Nacional sobre superávit fiscal, emprego e de gasto em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) são “irrefutáveis”.

“Temos pela primeira vez em oito anos superávit fiscal nos três níveis de governo. Pela primeira vez, um governo chega com despesas sobre PIB de 4,3% e sai com 3,5%. Pela primeira vez também tivemos uma queda tão rápida da taxa de desemprego”, citou.

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