Marina Silva, ex-candidata à Presidência do Brasil e deputada federal eleita pelo estado de São Paulo, denunciou ter sido vítima de injúria após ser chamada de “traidora” e “vagabunda” em um hotel, no bairro São Pedro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, no fim da noite dessa sexta-feira (21).
A Itatiaia teve acesso ao boletim de ocorrência, que foi registrado na PRIMEIRA delegacia de Polícia Civil Sul, no bairro Santo Agostinho. O registro foi feito às 2h43 minutos. Mesmo ficando até 5h na delegacia, Marina participa de caminhada com Lula (PT) em Venda Nova e Ribeirão das Neves, na Grande BH.
De acordo com o BO, ao terminar o jantar em uma pizzaria, que fica dentro do hotel, identificou que diversas pessoas que estavam na mesa ao lado da qual jantava, começaram a gritar “palavras de ordem” e se manifestando a favor do atual candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PL), direcionadas a ela.
Em determinado momento, ela ouviu uma pessoa que gritou xingamentos “traidora” e “vagabunda”.
Ainda segundo o registro policial, Marina contou que tentou identificar o homem que a insultou, contudo, não foi possível.
“Marina deseja deixar registrado que as palavras de ordem repetindo o nome do candidato Bolsonaro e chamando-o de ‘mito’ fazem parte do jogo democrático e que não tomou isto como ofensa e sim o fato de um dos membros do grupo chamá-la, por duas vezes, de ‘vagabunda’”, informou o boletim de ocorrência.
Marina enfatizou que registrou a denúncia por entender que no contexto do “acirramento político que estamos vivendo”, essa atitude caracteriza violência política de gênero, que tem como intuito “inibir o exercício da ação política das mulheres.”
“Ontem após jantar com dirigentes da Rede no restaurante do hotel Radisson Blu (BH), fui xingada por simpatizantes de Bolsonaro. É a velha tentativa grotesca de coagir a ação política das mulheres. É a violência política de gênero se espalhando pelo país em tempos bolsonaristas”, publicou, nesta manhã, nas redes sociais.
Um inquérito foi aberto para investigar o caso.