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Entidades mineiras criticam operação contra empresários bolsonaristas

Fiemg, CDL, Fecomércio, dentre outras entidades, disseram que ação de Alexandre de Moraes viola liberdades

Alexandre de Moraes foi criticado por entidades empresariais de Minas Gerais

Entidades empresariais e comerciais de Minas Gerais se manifestaram nesta sexta-feira (26) contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que determinou uma operação contra empresários bolsonaristas nesta semana.

Oito pessoas tiveram o sigilo bancário quebrado e suas contas nas redes sociais bloqueadas depois que uma reportagem do portal Metrópoles revelou que, em um grupo de Whatsapp, eles defendiam um golpe caso o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fosse eleito em outubro.

Entidades como a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), a Fecomércio-MG e o Sistema Faemg, dentre outras, manifestaram “preocupação” com os fatos.

“Tal preocupação tem como fundamento o fato de que as ações violaram uma série de direitos individuais constitucionais basilares, previstos no artigo 5º, da Carta Magna, para o Estado de Direito, sem o qual o processo democrático não passa de mera ficção protocolar”, diz trecho da nota.

As entidades afirmaram, ainda, que os efeitos da medida de Alexandre de Moraes violam a liberdade de manifestação do pensamento, liberdade de expressão, inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. “Ultrapassam a esfera privada para gerar um clima coletivo de insegurança jurídica, prejudicial ao ambiente de negócios e ao futuro da nação”, diz a nota.

As entidades opinam que a operação policial causa “insegurança jurídica” e pode interferir na retomada econômica do país e que as medidas sejam revistas, “para coibir a repetição de ações violadoras dos comandos constitucionais, sob pena de interferir na retomada econômica do país, em razão da insegurança jurídica criada”, completa o texto.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.