O Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, informou que só se pronunciará sobre o pedido de federalização das investigações sobre a morte do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, após a conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná. Aras se reuniu com líderes do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos de oposição, na sede do Ministério Público Federal (MPF), nesta terça-feira (12).
“Tecnicamente, aguardemos a conclusão do inquérito como já foi anunciado para termos de avaliar a federalização ou não. Uma coisa nos preocupa, que é não criar óbices temporais no processo. Se criarmos incidentes processuais podemos estar desservindo as investigações. O que importa é que ela se realize, ainda que venha para nossa mão, não perdemos os elementos materiais”, opinou Aras.
De acordo com as autoridades do Paraná, as investigações devem ser concluídas até a próxima terça-feira (19).
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes, responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o acirramento das disputas durante o período eleitoral.
“Entendemos que tem participação a partir das falas que são inaceitáveis para o século XX, um presidente da República incentivar ou disparar a gatilho que possa levar a algum apoiador a cometer crime”, afirmou.
Os deputados defenderam que as apurações sobre dois casos fossem levados para Brasília: o assassinato de Arruda e o ataque a uma caravana liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2018, no Paraná.