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Pacheco: ‘investigações de CPIs não podem ser contaminadas pelas discussões eleitorais’

Presidente do Senado afirmou que vai ler os requerimentos para abertura das comissões de investigação

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou que as CPIs do MEC, do desmatamento ilegal e do crime organizado serão instaladas após as eleições de outubro para evitar que disputas eleitorais contaminem as investigações das comissões.

Em pronunciamento na tarde desta terça-feira (5), Pacheco informou que vai ler três requerimentos de CPIs, mas que os líderes partidários do Senado decidiram que as indicações dos membros das comissões serão feitas apenas após a eleição.

“Isso permitirá que todos os senadores possam igualmente participar das cinco comissões de inquérito. E também evitar que o período eleitoral, naturalmente um período em que há uma politização e acaba partidarizando as discussões, que esse período evite contaminar um processo de investigação da CPI, que precisa ser uma investigação minimamente isenta, imparcial, em momento de maior normalidade do funcionamento parlamentar, o que não é o caso de um período eleitoral”, disse Pacheco.

Senadores de oposição ao Palácio do Planalto querem a imediata instalação da CPI do MEC e apostam que as denúncias contra o ex-ministro Milton Ribeiro podem ter um potencial explosivo contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, as lideranças partidárias concordaram que as investigações no Senado devem ficar para o final do ano.

“Há amplo entendimento dos líderes partidários do Senado, alinhados ou não com o governo, que ponderaram que no momento, às vésperas do recesso parlamentar e depois já no período eleitoral dos meses de agosto e setembro, não seria conveniente a existência das comissões no Senado. De modo que concordam com os requerimentos, muitos deles assinaram o requerimento das CPIs, mas os líderes, em maciça maioria, entendem que as indicações dos membros e consequente instalação das comissões deva acontecer depois das eleições”, afirmou.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.