Pacheco vai abrir CPIs do MEC, do desmatamento na Amazônia e do crime organizado após eleição

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), confirmou na manhã desta terça-feira (5) que pretende autorizar a abertura de CPIs para investigar denúncias de corrupção no Ministério da Educação, apurar o desmatamento ilegal na Amazônia e atuação do crime organizado. No entanto, as comissões só entram em funcionamento após o período eleitoral.

“O Senado, integralmente, reconhece a importância das CPIs para investigar ilícitos no MEC, desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico. Os requerimentos serão lidos em plenário por dever constitucional e questões procedimentais serão decididas. Porém, a ampla maioria dos líderes entende que a instalação de todas elas deve acontecer após o período eleitoral, permitindo-se a participação de todos os senadores e evitando-se a contaminação das investigações pelo processo eleitoral”, escreveu Pacheco em suas redes sociais.

O Senado, integralmente, reconhece a importância das CPIs para investigar ilícitos no MEC, desmatamento ilegal na Amazônia, crime organizado e narcotráfico.

Os requerimentos serão lidos em plenário por dever constitucional e questões procedimentais serão decididas. (+)

— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) July 5, 2022

Requerimentos

Autor do pedido por uma CPI para investigar o crime organizado, o senador Eduardo Girão (Podemos) usou as redes sociais nas últimas semanas para cobrar a abertura da comissão e fez relação entre grupos criminosos e o PT.

“Narcoestado? Bombástica revelação de Marcos Valério vinculando PT e PCC reforça urgência em investigar o crime organizado. CPI protocolada por mim há dois meses denuncia o narcotráfrico no Norte e Nordeste”, escreveu Girão.

Já o pedido para instalação da CPI do MEC foi protocolado na semana passada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), com objetivo de investigar suspeitas de corrupção na gestão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

O ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro foi preso, no dia 22 de junho, em uma operação da Polícia Federal que investiga liberação de verbas no MEC condicionadas à atuação de pastores. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, apontados como lobistas, também foram presos. Um dia depois da prisão, Milton Ribeiro e os dois pastores conseguiram um habeas corpus para deixar a prisão.

Batizada de Acesso Pago, a investigação apura a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE.

A leitura dos requerimentos para abertura das duas CPIs no Senado deve acontecer quarta-feira (6) ou quinta-feira (7), já que na tarde de hoje uma reunião do Congresso está marcada.