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Gases em cachorro: veja os problemas que essa condição pode indicar

Fatores como idade, obesidade e sedentarismo dificultam a digestão e podem agravar a situação

O acúmulo de gases no organismo do cão, além de desconfortável, pode indicar problemas de saúde

A flatulência canina é causada, na maioria das vezes, por ingestão de ar durante a alimentação e pela fermentação de certos alimentos no intestino, principalmente aqueles com baixo valor nutricional ou difíceis de digerir, como feijão, leite e alguns grãos, explica a VCA Animal Hospitals, rede veterinária internacional, em publicação.

Cães que comem rápido demais, diz a instituição, engolem grandes quantidades de ar, o que agrava o quadro de gases.

Já a fermentação intestinal ocorre principalmente pela ação das bactérias sobre alimentos mal digeridos, o que produz odor forte, distensão abdominal e até dor. Os tutores devem observar esses sinais com atenção.

Segundo nota técnica da Universidade Estadual Paulista (Unesp) sobre alimentação de cães, dietas mal balanceadas ou com excesso de fibras e ingredientes fermentáveis tendem a provocar maior produção de gases, principalmente em cães com sensibilidade digestiva.

Além disso, fatores como idade, obesidade e sedentarismo dificultam a digestão e podem agravar a situação.

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Sinais de alerta e como aliviar o desconforto

A flatulência isolada nem sempre indica um problema de saúde, mas a presença frequente de gases, acompanhada de apatia, falta de apetite ou fezes moles pode sinalizar algo mais sério, como intolerância alimentar ou parasitas intestinais.

A recomendação de especialistas é ajustar a alimentação e procurar atendimento veterinário caso os sintomas persistam.

Entre os principais cuidados para prevenir e aliviar os gases em cães estão:

  • Evitar alimentos fermentáveis, como feijão, leite e restos de comida humana;
  • Optar por rações de qualidade premium e de fácil digestão;
  • Utilizar comedouros que dificultem a ingestão rápida de alimento;
  • Fracionar a quantidade de ração em mais refeições ao longo do dia;
  • Estimular a atividade física leve após as refeições, como caminhadas curtas;
  • Manter a vermifugação em dia e realizar exames periódicos.

Ajustes simples na dieta e na forma como o cão se alimenta, aliados ao acompanhamento veterinário regular, formam a base para uma vida mais saudável e confortável.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.