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Dia Internacional do Gato: esse tipo de roupa pode ajudar o animal em seu momento mais vulnerável

Alternativa ao colar elizabetano pode ajudar na recuperação e reduzir o estresse felino

Nos últimos anos, a roupa cirúrgica tem ganhado espaço como uma alternativa mais confortável e humanizada para proteger feridas e pontos durante a recuperação

O período pós-operatório é um momento delicado para os gatos, que precisam de cuidados específicos para garantir a cicatrização adequada e evitar complicações.

Tradicionalmente, o colar elizabetano, conhecido como “cone da vergonha”, é usado para impedir que o animal lamba ou arranhe os pontos cirúrgicos.

Porém, esse acessório pode causar desconforto, estresse e até dificuldades para o gato se alimentar e se movimentar.

Nos últimos anos, a roupa cirúrgica tem ganhado espaço como uma alternativa mais confortável e humanizada para proteger feridas e pontos durante a recuperação.

Feita de tecido macio, ajustável e respirável, a roupa cirúrgica cobre a área operada, impedindo o contato direto do gato com os pontos, ao mesmo tempo em que oferece maior liberdade de movimento e menos estresse.

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Segundo a veterinária Felícia Rocha, especializada em cuidados felinos, “a roupa cirúrgica pode melhorar muito a qualidade de vida do gato após a cirurgia, reduzindo a ansiedade e facilitando a recuperação, principalmente em gatos mais sensíveis ou idosos”.

Ela explica ainda que, além do conforto, a peça protege a pele contra lambeduras e arranhões excessivos, que podem levar a infecções ou abertura dos pontos.

A médica-veterinária e comportamentalista Júlia Martins reforça que o uso da roupa cirúrgica pode diminuir o estresse, pois muitos gatos rejeitam o colar e tentam tirá-lo constantemente, o que pode prejudicar a cicatrização.

“É importante observar o comportamento do animal e escolher a melhor opção, sempre com orientação profissional”, destaca.

Cuidados para usar a roupa cirúrgica corretamente

Apesar das vantagens, o uso da roupa cirúrgica requer alguns cuidados para garantir que ela cumpra seu papel de forma segura e eficaz.

Entre os principais pontos a serem observados pelos tutores estão:

  • Escolher uma peça adequada ao tamanho e ao tipo de cirurgia do gato;
  • Verificar o tecido para garantir que seja respirável e não cause alergias;
  • Observar se a roupa está bem ajustada, sem apertar ou incomodar o gato;
  • Trocar e lavar a roupa com frequência para evitar acúmulo de sujeira e bactérias;
  • Monitorar o comportamento do gato para identificar sinais de desconforto ou irritação.

A veterinária Felícia Rocha alerta ainda que “a roupa cirúrgica não substitui o acompanhamento veterinário, que deve ser rigoroso durante toda a fase de recuperação”.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.