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Como os tutores podem ser aliados no combate às pulgas em cães e gatos?

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado evitam complicações e garantem o bem-estar dos pets e de toda a família

A escovação frequente e a inspeção visual cuidadosa podem ajudar os tutores a detectar a situação precocemente

As pulgas são parasitas incômodos que afetam cães e gatos, e podem causar desde coceiras e dermatites até a transmissão de doenças graves como a dipilidiose, também conhecida como “tênia do cão”.

Além disso, o ambiente doméstico pode se transformar em um foco silencioso de infestação. Por isso, o combate deve ser feito de forma integrada para proteger tanto o animal quanto a casa.

Segundo o Ministério da Saúde, “as pulgas são ectoparasitas hematófagos, isto é, alimentam-se de sangue e podem transmitir agentes patogênicos aos animais e seres humanos”. Esse risco reforça a necessidade de medidas contínuas de prevenção e controle.

Os principais sinais de que o pet está com pulgas são coceira intensa, feridas na pele e presença de pequenos pontos pretos entre os pelos, que indicam fezes do parasita.

A escovação frequente e a inspeção visual cuidadosa podem ajudar os tutores a detectar a situação precocemente.

O tratamento deve ser feito com a orientação de um médico-veterinário, que indicará as opções mais adequadas para o animal conforme a espécie, idade e porte.

Entre as alternativas, estão shampoos antiparasitários, produtos tópicos como pipetas e sprays, comprimidos orais e coleiras que liberam substâncias repelentes.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), “o uso indiscriminado de produtos antiparasitários pode provocar intoxicações graves”. Por isso, tutores devem seguir rigorosamente as instruções de uso e consultar um profissional.

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A importância do controle ambiental

O combate às pulgas não se restringe ao animal, já que aproximadamente 95% da infestação está no ambiente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH).

Portanto, higienizar os locais onde o pet circula é tão importante quanto o tratamento direto. Para evitar uma nova infestação, é recomendada a adoção de práticas combinadas, como:

  • Aspirar com frequência carpetes, tapetes, sofás e frestas;
  • Lavar regularmente a cama e os brinquedos do animal com água quente;
  • Manter o ambiente seco e arejado, pois a umidade favorece a proliferação das pulgas;
  • Usar, se necessário, produtos específicos para controle ambiental, sempre seguindo orientações de segurança.

A prevenção contínua é a melhor estratégia. “Animais que frequentam locais públicos ou têm contato com outros bichos devem receber proteção regular contra pulgas e carrapatos”, destaca a Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV).

Caso o animal apresente sinais persistentes de coceira, irritação cutânea ou alterações comportamentais, o tutor deve procurar assistência veterinária.

Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.