A Estação Ferroviária de Engenheiro Corrêa, no distrito de Ouro Preto, será reinaugurada no dia 14 de dezembro. A cerimônia marca a conclusão de um projeto de restauração do prédio histórico inaugurado em 1896, no contexto da antiga Estrada de Ferro D. Pedro II. A programação se estende das 9h às 16h e inclui atividades abertas ao público, além de solenidade oficial às 10h.
A iniciativa foi viabilizada por investimentos de R$ 2 milhões da Herculano Mineração e de R$ 820 mil do Grupo J. Mendes, com gestão da Holofote Cultural. O projeto foi executado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com apoio da Prefeitura de Ouro Preto e realização do Ministério da Cultura. Segundo os organizadores, as intervenções envolveram a recuperação do edifício e do entorno imediato, incluindo obras de paisagismo, drenagem e segurança.
A intervenção contemplou a revitalização da caixa d’água do conjunto ferroviário, o plantio de grama e arbustos, a instalação de irrigação automática, a recuperação da fonte original e a implantação de novos sistemas de iluminação e de monitoramento. O terreno recebeu cercamento com balizadores e correntes para controle de acesso e um projeto de prevenção e combate a incêndio. O plano de adaptação para uso público incorporou áreas destinadas a cursos, eventos, atividades culturais, pesquisa, biblioteca, sala de informática e espaços administrativos.
Com a conclusão da obra, o prédio será utilizado como equipamento comunitário voltado a ações educativas e culturais. A expectativa, segundo a organização, é que o espaço receba programações diversas ao longo do ano e passe a integrar o circuito turístico do distrito.
A história da estação está ligada à expansão ferroviária do final do século XIX. Construída como parte do trecho da Estrada de Ferro D. Pedro II, a estrutura integrava o plano de ligação do Rio de Janeiro às províncias de Minas Gerais e São Paulo. Após a Proclamação da República, a ferrovia passou a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil. A estação foi inicialmente denominada Sardinha, referência ao ribeirão local, e posteriormente recebeu o nome de Engenheiro Corrêa, em homenagem a Manoel Francisco Corrêa Júnior, funcionário da ferrovia morto em acidente no km 514.
O edifício permaneceu ativo até a década de 1990, quando a estação foi desativada. Ao longo do século XX, o local concentrou atividades de transporte, comércio e circulação de moradores, exercendo papel relevante na formação do distrito. A reinauguração marca a reabertura do espaço à comunidade após o processo de restauração.
A programação de domingo inclui apresentações musicais, presença de grupos culturais, atividades infantis e ações voltadas ao público local.