O Tribunal do Júri de Itabirito condenou, nesta terça-feira (12), uma mulher de 46 anos a cinco anos e cinco meses de prisão pelo crime de lesão corporal grave contra a então namorada, que tinha 17 anos à época. O caso ocorreu em abril de 2015, no bairro Meu Sítio.
A ré cumpriu três meses e meio em regime fechado e outros sete anos em prisão domiciliar noturna. Com a aplicação da detração penal, a pena restante foi considerada cumprida, e a mulher deixou o fórum em liberdade.
O Ministério Público (MP) defendeu a condenação por tentativa de homicídio, mas não vai recorrer. Segundo o promotor Vinícius Galvão, a diferença na pena final seria pequena diante do tempo já cumprido. Ele destacou que a decisão do júri manteve a condenação e rejeitou o pedido de absolvição feito pela defesa.
De acordo com o processo, a vítima relatou que o relacionamento, que durou um ano e três meses, havia terminado devido a conflitos. No dia do crime, ambas foram a uma festa e, posteriormente, à casa da acusada, onde a vítima dormiu. Ela afirmou ter sido agredida por cerca de duas horas com socos, um cinzeiro de argila, uma prancha de cabelo e o fio do aparelho, usado para tentar enforcá-la.
O ataque, segundo a vítima, terminou quando familiares da agressora intervieram. O laudo médico registrou ferimentos e deformações no rosto e marcas pelo corpo.
Na versão da acusada, as agressões duraram cerca de 15 minutos e teriam sido mútuas, iniciadas após a vítima mencionar o nome de outra pessoa durante um momento íntimo. A defesa negou a tentativa de enforcamento e a acusação de tentativa de homicídio, mas confirmou a agressão física.
A identidade de ambas foi preservada por decisão judicial.
