A exposição itinerante Sertões está aberta à visitação na Galeria Nello Nuno, FAOP, desde 1º de agosto, e ficará disponível até 20 de setembro. A mostra já passou por centros de promoção da cultura em Brasília, Porto Seguro, Salvador e Uberlândia. Após a passagem por Ouro Preto, seguirá para Montes Claros e Goiânia ainda neste ano.
As obras são pinturas de autoria de Riciere Teixeira, artista visual e historiador. A curadoria da exposição é realizada por Riciere Teixeira e Leide Sá Teles. O público pode acessar a Galeria Nello Nuno, localizada na Rua Getúlio Vargas, 185, Bairro do Rosário, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h. A entrada é gratuita. Riciere explica que a exposição busca transformar a percepção do público sobre as culturas sertanejas.
Ele afirma que “o Brasil, por ter sido colonizado a partir do litoral e por manter durante muitos anos as fontes econômicas e de poder instaladas ali, sempre esteve voltado para o Atlântico. Todo sertanejo sonha em conhecer o mar, embora os litorais desconheçam os sertões.”
O artista acrescenta que a exposição surgiu de sua compreensão do Brasil enquanto historiador e artista visual oriundo do interior do país.
“A exposição Sertões surgiu a partir de uma compreensão do Brasil enquanto grupo de culturas que formam uma nação, mas que se organiza a partir de um litoral e de um Brasil sertanejo”.
Segundo ele, as culturas do interior se diferenciam das culturas do litoral, mas compartilham semelhanças por estarem afastadas das fontes de poder político e econômico.
“Essas faixas de terra, chamadas de sertões por diversos artistas, literatos e historiadores, têm elementos que dão força e luz à energia dos grupos sertanejos”.
Riciere observa ainda que, apesar de associações comuns com escassez e infertilidade, as culturas sertanejas possuem formas de vida, ressignificação e recriação que atravessam os séculos.
“A exposição Sertões oportuniza ao público apreciar a grandeza das culturas sertanejas, mostrando a capacidade dos povos do interior de ressignificarem e recriarem suas culturas, mantendo tradição e transformando o dia a dia em festa e criação”.