O escritor e filósofo Marcelo Pereira Rodrigues lança no sábado, 16 de agosto, em Ouro Preto, o livro Cinema com Passaporte. A obra será apresentada às 18h, no anexo do Museu da Inconfidência, com uma breve explanação do autor sobre os bastidores do livro, seguida de bate-papo com o público e sessão de autógrafos.
Esse é o 19º título da carreira do autor e o primeiro voltado ao cinema. A publicação reúne 27 ensaios que analisam filmes de diferentes países sob uma perspectiva filosófica e literária. Também compõem o livro reflexões existencialistas, relatos de viagens e comentários sobre roteiro, política e cultura. O percurso começa no Uruguai e termina na Escandinávia, passando por Argentina, Chile, Peru, Portugal, Itália, França, Irlanda do Norte, Alemanha, Polônia, Dinamarca e Suécia.
Ao contar sobre o processo criativo da obra, Marcelo relata que:
“Além de assistir a vários filmes considerados cults, com bom fundo literário, histórico e político, foi muito gratificante fazer um processo de seleção. Inicialmente, havia mais de 80 textos para trabalhar, e eu selecionei 27, que considero cults e que perpassam três continentes: América do Sul, América do Norte e Europa. Parte desses textos já havia sido publicada em Portugal, e é uma satisfação muito grande apresentá-los agora ao público brasileiro.”
Ainda segundo o autor, a obra evita um olhar centrado apenas no cinema hollywoodiano e propõe reflexões sobre filmes cults e clássicos. Entre os nomes abordados estão Hitchcock, Stanley Kubrick, Orson Welles, Clint Eastwood, Jack Nicholson, Robert De Niro (com o clássico Taxi Driver), Philip Roth, Dostoiévski, Kafka, Ingmar Bergman, além do músico Richard Wagner. A obra também insere referências políticas e históricas como o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, o Sendero Luminoso no Peru e a ditadura militar na América Latina. Escritores como Ernest Hemingway e Fitzgerald também aparecem no percurso dos ensaios.
“O conteúdo do livro é um mix de literatura, filosofia e cinema, com ênfase em roteiros e filmes inspirados em livros. Tudo em uma escrita de fácil acesso, não acadêmica, como faço em todos os meus livros. Procuro uma comunicação direta, que acredito agradará tanto aos cinéfilos quanto aos não iniciados. Não me considero um cinéfilo ou filósofo do cinema, mas um diletante dessa tão aclamada sétima arte, a qual acredito e valorizo. É o 19º livro da minha carreira, e me sinto muito feliz por propor uma temática inédita para mim: essa mescla de ensaios filosóficos com o universo cinematográfico.” Conclui Marcelo.
