A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que em julho será aplicado um acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, devido à ativação da bandeira tarifária amarela. A medida ocorre em função da previsão de chuvas abaixo da média e da expectativa de aumento do consumo de energia.
A previsão de escassez de chuvas e o aumento das temperaturas no país estão elevando os custos operacionais das hidrelétricas, exigindo o acionamento das usinas termelétricas, que têm custo mais elevado.
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias indica o custo real da energia gerada, permitindo que os consumidores façam um uso eficiente da energia elétrica.
O acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta principalmente o risco hidrológico e o preço da energia, sinalizando através das cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) se haverá aumento ou redução no custo da energia, sendo a bandeira vermelha a de maior custo e a verde a de menor custo.
Essa é a primeira mudança na bandeira desde abril de 2022, após 26 meses com bandeira verde. Antes da implementação das bandeiras tarifárias, os custos operacionais eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, sem que o consumidor fosse informado imediatamente sobre o custo real da energia no momento do consumo. Isso limitava sua capacidade de reagir a preços mais altos.
Com o sistema atual, o consumidor pode tomar decisões informadas sobre seu consumo, o que não apenas reduz os custos de operação do sistema, mas também lhe confere um papel mais ativo na gestão de sua conta de energia.
Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta.