Os mais de 1600 km da via que corta os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, conhecida tradicionalmente como “Caminho da Estrada Real” foi reconhecida pelo Governo Federal como monumento nacional.
A nova lei, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve autoria do senador mineiro Carlos Viana (Podemos-MG). Em entrevista ao jornalista Rodrigo Resende, da Agência Senado, o senador falou sobre a importância do reconhecimento para a cultura e turismo dos estados que compõem o caminho da estrada real.
Ao todo 183 localidades, entre municípios e distritos, fazem parte da antiga Estrada Real que deu origem a estradas que hoje ligam os estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Minas Gerais.
Com a nova lei do Governo Federal, a Estrada Real passa a ser protegida, conservada e reconhecida como um bem que representa a cultura brasileira.
A Estrada Real surgiu ainda no século XVIII, quando a corte Portuguesa oficializou os caminhos por onde era escoado o ouro e os diamantes minerados em Minas Gerais e levados ao porto do Rio de Janeiro, onde seguiam no sentido Europa.
Ao todo , a Estrada Real conta com quatro rotas chamadas de Caminho Novo, Caminho Sabarabuçu, Caminho Velho e Caminho dos Diamantes.
A antiga capitania Ouro Preto serve até hoje como ponto inicial do Caminho Velho, primeira rota oficializada pela Coroa Portuguesa ligando Ouro Preto à Paraty, no Rio de Janeiro.
E a antiga capital Ouro Preto também é rota no Caminho dos Diamantes, que liga até a também histórica, Diamantina.