Pela segunda vez em 15 dias, a Petrobras aumentou preço do gás de cozinha. O percentual de 5% entrou em vigor nesta quinta-feira e elevou em quase R$ 2 o preço do botijão de 13 kg, o mais comum. Revendedores do produto afirmam que a política de preços no Brasil contraria o cenário mundial.
O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás, Alexandre Borjaili, afirma que o preço internacional do produto vem caindo e que o Brasil, na contramão do mundo, aumenta o valor. “O reajuste só pode ser visto como uma extorsão à nação, não se justifica. Isso é um absurdo!”, reclamou.
A elevação do preço do gás de cozinha pesa no bolso do consumidor, mas também complica as revendedoras. Algumas, inclusive, já fecham as portas. “A população tem um limite no poder aquisitivo. O gás já se tornou um produto de luxo, não está mais acessível à população que mais precisa, que seria as classes C, D e E, com menor poder aquisitivo”, disse.
Com o aumento, segundo Alexandre, o revendedor não consegue repassar o produto, o que compromete a estrutura financeira da empresa e a leva à falência.