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O indicador que mede a evolução da produção ficou em 47,2 pontos, em uma escala que vai de 0 a 100. Números abaixo de 50 pontos significam que a produção diminuiu em relação ao mês anterior. Segundo a CNI, essa foi a maior retração para um mês de agosto desde 2015, um sinal de que as fábricas produziram menos do que o esperado.
O mesmo cenário negativo foi visto no
O que explica o resultado
O fraco desempenho da indústria pode ser entendido como um
A utilização da capacidade instalada é o quanto as fábricas estão efetivamente usando de seu potencial. Quando esse percentual cai, significa que as empresas estão produzindo menos do que poderiam, geralmente por falta de demanda ou por cautela diante de um cenário incerto.
Os estoques da indústria, por sua vez, permaneceram estáveis, com o indicador marcando 50 pontos. Isso mostra que as empresas não estão acumulando produtos, mantendo os níveis ajustados ao que foi planejado. É um sinal de gestão cautelosa diante de um cenário incerto.
Expectativas para os próximos meses
O desânimo com o resultado de agosto se reflete nas expectativas dos empresários para o futuro. A confiança em uma melhora diminuiu, embora ainda exista uma perspectiva de crescimento, porém mais tímida.
A expectativa de aumento na procura por produtos recuou para 52,3 pontos. A perspectiva de compra de matérias-primas também caiu, ficando em 51,3 pontos. Ainda acima dos 50 pontos, o que é positivo, mas mostra que os industriais esperam um crescimento mais moderado.
A perspectiva para as vendas ao exterior continua pessimista, com o indicador em 46,6 pontos. A expectativa para a contratação de funcionários também permanece negativa, em 49,6 pontos. Os números sinalizam que os empresários não esperam melhora nesses dois campos no curto prazo.