O aproveitamento de resíduos da mineração abre caminho para uma agricultura mais sustentável. Os chamados remineralizadores, subprodutos do processo minerário, apresentam potencial para enriquecer o solo, fornecendo nutrientes essenciais às plantas e reduzindo desperdícios. Além de reaproveitar materiais antes descartados, a prática contribui para a preservação ambiental e para a eficiência produtiva no campo.
No setor mineral, o reaproveitamento desses resíduos cria oportunidades econômicas e amplia o alcance da pesquisa geológica. Ao serem transformados em pós finos, os remineralizadores liberam de forma gradual macro e micronutrientes, ajustando-se às necessidades das plantas. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), essa liberação lenta garante melhor absorção e evita perdas.
Esses insumos são obtidos a partir da extração e beneficiamento de minerais. Entre os subprodutos mais utilizados estão:
- resíduos com cálcio, magnésio, sílica e, em alguns casos, fósforo e potássio, fundamentais para o crescimento das plantas;
- cinzas e escórias de processos industriais da mineração, que contêm elementos como sílica e alumínio, úteis na correção do solo;
- materiais finos de rochas silicáticas, provenientes de pedreiras e pouco aproveitados na construção civil.
Resíduos
Para se tornarem eficazes na agricultura, os resíduos passam por moagem e trituração até se transformarem em pó fino, o que facilita a liberação dos nutrientes. Diferentemente dos fertilizantes químicos, os remineralizadores são insumos naturais aplicados diretamente no solo, respeitando as características locais e as necessidades de cada plantação.