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Gestão de resíduos e logística reversa: indústria alia sustentabilidade e eficiência

Com práticas que reduzem impactos ambientais, empresas fortalecem o compromisso com a economia circular e o cumprimento da legislação ambiental

Gestão adequada de resíduos industriais contribui para a eficiência produtiva e a preservação ambiental

Controlar o que é gerado, separado e descartado dentro da indústria é um desafio que vai muito além da sustentabilidade — trata-se também de eficiência e responsabilidade legal. A gestão de resíduos sólidos industriais reúne um conjunto de práticas que garantem o manejo adequado de materiais descartados, desde a geração até a destinação final.

Segundo a bióloga Marina Andrada Maria, pesquisadora do Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente, esse processo é fundamental “para evitar impactos ambientais e sanitários, garantir cumprimento da legislação, além de trazer eficiência e economia ao processo produtivo”.

Os resíduos industriais variam conforme o setor, mas alguns tipos são mais recorrentes, como lodos gerados no tratamento de efluentes, pó de sistemas de exaustão e resíduos líquidos de soluções químicas.

De acordo com Marina, todos devem ser segregados, acondicionados em recipientes seguros e devidamente identificados, seguindo critérios de compatibilidade e armazenamento temporário. Ela destaca ainda que a separação deve ser precedida de uma análise de minimização, evitando a geração excessiva de resíduos logo na origem.

Logística reversa e economia circular

Outro ponto essencial na pauta ambiental das empresas é a logística reversa, mecanismo que possibilita o retorno de produtos e embalagens pós-consumo ao ciclo produtivo. Em vez de irem para o descarte, esses materiais podem ser reutilizados, reciclados ou desmontados, reduzindo custos e reforçando o compromisso ambiental.

“A logística reversa reduz custos, permite reaproveitamento de materiais, facilita o cumprimento legal, reforça a sustentabilidade e estimula a economia circular”, explica Marina à Itatiaia.

No entanto, implementar planos de logística reversa de forma eficiente ainda é um desafio. A pesquisadora observa que a complexidade da cadeia, que envolve fabricantes, distribuidores, varejistas e consumidores, torna difícil a gestão financeira e operacional desses sistemas.

Apesar das barreiras, os resultados compensam. Investir em gestão de resíduos e logística reversa traz ganhos ambientais expressivos, como a redução da extração de matérias-primas, diminuição da poluição e das emissões de gases de efeito estufa, além da economia de energia e água.

Do ponto de vista empresarial, Marina ressalta que essas práticas melhoram a imagem corporativa, reduzem custos operacionais e até geram novas fontes de renda à medida que resíduos passam a ser vistos como subprodutos ou coprodutos com potencial de reaproveitamento.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.