O mercado mundial de programas de saúde no trabalho movimentou US$ 50,6 bilhões em 2022. Apesar do valor alto, apenas 10,1% dos trabalhadores no mundo todo têm acesso a esses benefícios. Os dados são do Global Wellness Institute, organização internacional que estuda o mercado de bem-estar.
As empresas investem nesses programas principalmente para reduzir custos de saúde dos funcionários. Também querem melhorar o moral da equipe, aumentar a retenção de talentos e elevar a produtividade.
Brasil fica em região com poucos investimentos
A América Latina e Caribe, onde o Brasil está inserido, movimentou apenas US$ 1,6 bilhão em 2022. O valor representa uma pequena fatia do mercado mundial. A região fica atrás da Ásia-Pacífico (US$ 8,4 bilhões), do Oriente Médio e Norte da África (US$ 1,7 bilhão). Apenas a África Subsaariana teve investimentos menores, com US$ 0,4 bilhão.
Os dados mostram que existe muito espaço para crescimento no Brasil. Poucas empresas brasileiras oferecem programas de bem-estar para os funcionários.
Liderança é fundamental para programas funcionarem
Para que os programas de saúde no trabalho sejam implementados e gerem resultados, a liderança da empresa precisa estar envolvida. É o que explica a médica especialista em medicina do trabalho Marcela Sousa Nascimento, consultora do Sesi/Fiemg.
“A liderança tem papel fundamental na promoção da saúde. Além de poderem ser exemplo de comportamento saudável, os líderes devem ser incentivadores da participação dos empregados nos programas de saúde, criando um ambiente de empatia e confiança”, disse à reportagem.
Segundo Marcela, os líderes também são importantes para reduzir preconceitos. Isso vale principalmente para questões relacionadas à saúde mental dos funcionários.
“Também são importantes para reduzir estigmas, principalmente relacionados à saúde mental, e para garantir que práticas de gestão não sejam fatores de risco, como sobrecargas ou metas inalcançáveis”, explicou a especialista.
Líderes devem apoiar área de saúde ocupacional
A médica destaca ainda outro papel importante da liderança. Os chefes precisam apoiar o trabalho dos profissionais de saúde ocupacional da empresa. “A liderança ainda é essencial para apoiar e legitimar o trabalho da saúde ocupacional, garantindo o cumprimento das obrigações legais, otimizando recursos e ajudando a transformar diagnósticos técnicos em ações efetivas dentro da organização”, completou Marcela.
Isso significa que não basta contratar profissionais de saúde. Os líderes precisam dar poder e recursos para que esses profissionais façam seu trabalho.
Programas evoluem além da saúde física
O relatório mostra que os programas de bem-estar no trabalho estão mudando. Antes focavam apenas na saúde física dos funcionários, como ginástica laboral e exames médicos.
Agora incluem também bem-estar mental, emocional e até financeiro. As empresas perceberam que problemas como estresse e esgotamento profissional afetam muito a produtividade.
Muitas empresas estão mudando a abordagem. Em vez de criar programas separados, estão repensando os espaços de trabalho, as práticas de gestão e até a cultura da empresa.
Entenda o caso: oportunidade para empresários brasileiros
Os dados do Global Wellness Institute mostram que o mercado brasileiro tem muito potencial de crescimento. Com apenas 5,8% dos trabalhadores tendo acesso a programas de bem-estar, existe uma grande oportunidade.
Para o pequeno empresário brasileiro, isso significa uma chance de se destacar da concorrência. Oferecer programas de saúde para os funcionários pode ajudar a atrair e manter bons profissionais.
Não é preciso investir muito para começar. Programas simples, como palestras sobre saúde ou parcerias com academias locais, já podem fazer diferença. O importante é ter o apoio da liderança e envolver os funcionários nas decisões.
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