Empresas apostam em insumos sustentáveis para ampliar capacidade produtiva

Empresas de mineração reciclam e dão novas funções a sucatas e materiais

Máquina de reciclagem, semelhante àquelas famosas máquinas “pega-bichinhos”, com itens que representam a sucata metálica

A sustentabilidade no uso dos rejeitos e de materiais provenientes da mineração é tema recorrente entre as grandes empresas do setor mineral. A Gerdau investe em processos de reaproveitamento, promovendo a circularidade da economia e a utilização de produtos que seriam descartados. A empresa é referência na reutilização de sucata, que é transformada em aço e retorna à sociedade na construção civil, agropecuária, automóveis, infraestrutura e energia.

De acordo com o CEO da companhia, Gustavo Werneck, mais de 70% da capacidade produtiva da Gerdau advém desse insumo.

“Aquela bicicleta velha, ou a geladeira que estaria espalhada pelas ruas, a gente coleta e leva para nossas usinas. Lá nós fundimos esse material e transformamos em novos produtos para a construção civil, para a aviação e para o setor automotivo. Então, é aproveitar um elemento que não é mais utilizado pela sociedade para produzir um novo item com emissão de gás de efeito estufa que chega a ser dez vezes menor do que a produção do aço via a rota do minério de ferro. A preocupação com a saúde, com o bem-estar, com a segurança das pessoas, ela sempre esteve presente no dia a dia da Gerdau”, conta Werneck.

CEO da Gerdau, Gustavo Werneck

A mineração enfrenta o desafio de se adaptar a práticas mais sustentáveis. Esse movimento retoma as ações voltadas para a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEE). A promoção de iniciativas de valorização dos materiais já descartados pode contribuir para a diminuição da geração de resíduos.

Segundo projeto do Serviço Geológico do Brasil (SGB), já é possível apurar o potencial para recuperação de materiais críticos para a transição energética, assim como outros usos industriais e na construção civil. A reciclagem no setor prevê a redução na produção de rejeitos e resíduos, contribuindo para atenuar os impactos ambientais e gerar novo ciclo de vida para os produtos e matérias-primas, com diferentes funcionalidades.

Com foco na sustentabilidade, a Gerdau levará ao The Town 2025 uma estátua produzida integralmente de sucata. A iniciativa busca promover a reflexão sobre a importância da economia circular e desmistificar o conceito de reaproveitamento. No espaço promovido pela empresa, uma escultura de seis metros de altura em formato de guitarra, criada pelo artista Leandro Melo, feita com duas toneladas de sucata metálica, o equivalente ao peso de cerca de 570 guitarras reais, compõe o cenário.

Materiais do setor mineral com cara nova

Na Vale, os óleos hidráulicos recebem novas utilidades. Na Central de Gerenciamento de Materiais Descartados (CMD), em Carajás, a empresa promove a regeneração de óleos usados. O processo inclui análise prévia na fonte geradora, seguida de coleta, filtragem, regeneração e devolução para uso nas oficinas de manutenção.

A companhia regenera cerca de um milhão de litros por ano, o que contribui para reduzir a compra de óleos novos pelas áreas de manutenção das unidades operacionais.

Além disso, a Vale destina sucatas de pneus fora de estrada, geradas em suas operações no Pará e em Minas Gerais, para empresas especializadas. Nove mil toneladas são reaproveitadas anualmente. A parte metálica resultante é utilizada na produção de vergalhões para a construção civil, enquanto a borracha é transformada em placas de revestimento ou em chips destinados às indústrias automobilística e cimenteira.

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