O setor mineral projeta investimento de US$ 68,4 bilhões até 2029. Isso corresponde a mais de R$ 370 bilhões, que representa um crescimento de 6,6% em relação à previsão do período entre 2024-2028. Em 2024, o setor produziu 1,24 bilhão de toneladas de minério, sendo que 402 milhões de toneladas foram exportadas.
No ano passado, a
Quando o assunto é emprego, a mineração mantém mais de 2,4 milhões de postos de trabalho, entre empregos diretos, indiretos ou induzidos. Os dados constam em relatórios, que concentram os números do ano passado do setor, e foram divulgados por órgãos como
O diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Júlio Nery, destaca que um dos desafios do setor é conseguir transmitir à sociedade a importância da mineração. “A gente tem que levar e mostras as pessoas que o setor é fundamental para a construção da qualidade de vida das pessoas e da sociedade”, destacou.
“Tivemos os desastres? Sim. Mas tem muitos outros bons exemplos, como áreas que foram preservadas pela mineração, trabalhos que foram feitos em comunidade para melhorar a qualidade de vida da população e, principalmente, o fornecimento das matérias primas pra que a sociedade mantenha sua qualidade de vida”, reforçou Júlio.
Diretor de assuntos minerários do IBRAM, Julio Nery
Sócio-diretor da empresa Amplo Engenharia, geógrafo e mestre em solo e nutrição de plantas, Jackson Campos, destaca que a mineração gera desafios no período da instalação, mas desde que sejam respeitadas todas as obrigações ambientais, sociais e de segurança, o município terá a vida financeira transformada.
“O ciclo de maior complexidade geralmente dura na fase de implantação, que é quando tem um fluxo maior de pessoas. A partir de dois anos, dois anos e meio, quando o projeto começa a operar, essa população que está associada ao projeto cai significativamente, estabiliza, e essas pessoas começam a fazer parte do território”, iniciou.
Sócio-diretor da empresa Amplo Engenharia, geógrafo e mestre em solo e nutrição de plantas, Jackson Campos
“A receita do município aumenta porque a produção inicia. Claro que isso não descarta, em hipótese alguma, a importância de acompanhar todos esses processos e buscar todo o conjunto de ações e medidas necessárias para que o projeto ocorra com o menor dano possível e a menor interferência na rotina social do município naquela fase inicial. Sempre tem que avaliar o projeto dentro de um círculo, que é o seu todo”, concluiu.
Na próxima reportagem da série, a Itatiaia irá explicar como funciona a distribuição da CFEM, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, e ouvir prefeitos e especialistas sobre o impacto econômico dela nas cidades.