Na última semana focada no setor mineral, a Itatiaia ressalta a mineração do futuro. Plantas de beneficiamento de minério automatizadas, inteligência artificial utilizada para otimizar a produção, caminhões operados a centenas de quilômetros de distância e outros veículos totalmente autônomos. Essas são apenas algumas das mudanças tecnológicas que estão sendo utilizadas no setor mineral, com foco no futuro.
Por questões de segurança, a Vale, maior mineradora do país, já utiliza caminhões operando por sistema remoto no processo de eliminação de barragens. Atualmente, a empresa passou a utilizar a tecnologia em outras frentes. Além dos caminhões operados à distância, a empresa trabalha com veículos autônomos. Em um dos centros de operações remotas na região centro-sul de Belo Horizonte, o vice-presidente Executivo Técnico da companhia, Rafael Bittar, explica o processo.
“Já temos aplicações de equipamentos teleoperados em algumas de nossas operações. São atividades pontuais em que acreditamos que o uso desses equipamentos podem trazer benefícios. Estamos expandindo o uso de equipamentos autônomos, que são uma tecnologia um pouco mais avançada do que a de equipamentos operados remotamente. Então, a gente já tem, por exemplo, na nossa mina de Brucutu, em São Gonçalo, Minas Gerais, uma operação de mina autônoma, que foi a primeira operação autônoma da Vale.”, afirma.
Vice-presidente executivo da Vale, Rafael Bittar
O vice-presidente executivo da empresa completa: “Em Carajás, o projeto Capanema já foi desenhado, projetado e implantado com a operação autônoma dos caminhões. Eu vejo que é uma tendência, inclusive a Vale já vem discutindo o que chamamos de mineração do futuro. A gente já desenhou caminhos a serem seguidos para que as operações sejam cada vez mais autônomas, com uso de inteligência artificial, menor exposição de pessoas, mais conectadas com a sociedade, menos invasivas e com mais tecnologia”, detalha Rafael Bittar.
Maior empresa brasileira produtora de aço, a Gerdau também utiliza várias frentes tecnológicas, como automação, sistemas com algoritmos e inteligência artificial para aumentar os níveis de segurança e otimizar resultados nas áreas de produção, manutenção e sustentabilidade.
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, detalha em quais setores estão sendo aplicadas as novas ferramentas: “A Gerdau, já há muito tempo, tem um nível de automação, com a tomada de decisão na mão de algoritmos. Estamos cada vez mais usando inteligência artificial para podermos melhorar, por exemplo, os nossos custos de manutenção. Hoje, todos os nossos processos são controlados por gêmeos digitais, que conseguem prever antecipadamente qualquer falha, qualquer problema de manutenção, e aí atuamos de uma forma muito mais eficiente para evitar que os equipamentos parem. Do ponto de vista também de segurança, de sustentabilidade, de redução de emissão de gases de efeito estufa”, explica Werneck.
“Então, por exemplo, usando caminhões autônomos que consomem menos combustível. Isso tem sido um tema fundamental para que a gente continue sendo uma referência no mundo como uma empresa produtora de aço que tem uma emissão muito baixa de gases de efeito estufa”, finaliza Gustavo Werneck.
CEO da Gerdau, Gustavo Werneck
