Lauren Ann Lombardi, uma “mãe de gato” de Seattle, nos EUA, processou os Blue Angels, o esquadrão de demonstração aérea da Marinha do país, por roubarem de sua gata idosa uma morte tranquila.
Segundo ela, Layla, a gata de 14 anos que morreu em 11 de agosto de 2024 após uma batalha contra uma doença cardíaca, apresentou grande piora com os voos frequentes dos Blue Angels. A ação civil federal foi apresentada esta semana.
Lauren afirma no processo que os treinos de sobrevoo para uma feira de verão causavam uma “barreira sônica” que aterrorizava o felino que ela amava como “uma filha”.
O processo se baseia no suposto bloqueio de sua conta no Instagram pelos Blue Angels, o que, segundo ela, viola seus direitos da Primeira Emenda.
“Eu só queria compartilhar o que aconteceu com ela. Queria que as pessoas soubessem e que houvesse algum tipo de responsabilização por isso. O principal que eu queria transmitir era a história de Layla”, disse Lombardi ao The Post.
O barulho dos viadutos durava vários minutos, até três vezes por dia, disse ela.
"É como eu imagino que seja estar em uma zona de guerra. É muito assustador, nossa casa tremia quando eles passavam”, disse Lombardi.
Tradição
Há 70 anos, todos os anos, os Blue Angels participam do Boeing Seafair Air Show em Seattle, durante o Festival Seafair de verão. O esquadrão de voo pratica e se apresenta sobre o Lago Washington, que fica a poucos quilômetros da casa de Lombardi.
Lombardi observou que ela “respeita e apoia” os militares dos EUA, mas ainda afirmou que o adoecimento de sua gata foi “marcado pelo terror debilitante causado pelas ações do governo dos Estados Unidos”, de acordo com a denúncia.
Ela não culpa as Forças Armadas pela morte de Layla, em vez disso, ela espera que os Blue Angels desbloqueiem sua conta do Instagram e reembolsem suas despesas, incluindo “honorários advocatícios razoáveis”, de acordo com a denúncia.