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Trump afirma que se reunirá com Putin e Zelensky se ‘tudo correr bem’

O presidente dos Estados Unidos acredita que reunião trilateral poderia acabar com a guerra

Encontro entre líderes acontece em meio a pressão para que presidente ucraniano concorde com demandas da Rússia para cessar-fogo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (18) que espera realizar uma reunião trilateral com o líder russo, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, com o objetivo de encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia.

“Teremos uma reunião. Acho que, se tudo correr bem hoje, teremos uma reunião trilateral, e acredito que há uma chance razoável de encerrarmos a guerra quando isso acontecer”, disse Trump, sentado ao lado de Zelensky na Casa Branca.

O encontro desta segunda-feira acontece em meio a pressão para que presidente ucraniano concorde com demandas da Rússia para cessar-fogo.

Durante reunião, Trump disse ainda que irá garantir segurança para a Ucrânia como parte de um acordo de paz para encerrar a guerra com a Rússia. Apesar da proposta, o presidente americano diz não ver necessidade de um cessar-fogo imediato. “Não acho que um cessar-fogo seja necessário”, disse Trump.

Além de Zelensky, outras autoridades europeias também se reúnem com o presidente americano, como o presidente da França, Emmanuel Macron e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.

Os líderes se chamam de “coalition of the willing”, ou coalizão de voluntários, em tradução livre. Termo pode ser entendido como um elo de países em busca de um objetivo comum. O conflito na Ucrânia já dura 42 meses, causando dezenas de milhares de mortes e milhões de deslocamentos.

Condições para cessar-fogo

A Rússia segue atacando a Ucrânia, mesmo com as manifestações contrárias da comunidade internacional e com as conversas sobre um possível cessar-fogo. Putin já afirmou que deseja a paz, mas o governo não quer recuar quanto às suas exigências.

O Kremlin deseja que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014. Além disso, Putin deseja que o país renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e ao projeto de adesão à Otan.

As condições são ‘inaceitáveis’ para Kiev.

Entenda a guerra na Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. Atualmente, o país detém cerca de um quinto do território do país vizinho. No mesmo ano, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.

Desde o início da guerra, acredita-se que milhares de soldados morreram na linha de frente. Apesar disso, nenhum dos lados divulgou números de baixas militares. Os Estados Unidos, por outro lado, afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.

Com ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia, a Ucrânia diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo. A Russia, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones. Apesar dos dois lados negarem ter civis como alvos, milhares morreram no conflito.

(Com AFP)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas
Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.