Suspeito de ataque a tiros perto da Casa Branca já trabalhou com a CIA, aponta diretor

Afegão Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, trabalhou com a CIA enquanto servia como membro de uma força parceira no Afeganistão

Ataque ocorreu na tarde dessa quarta-feira (26) no centro de Washington

Afegão acusado de atirar em dois membros da Guarda Nacional próximo à Casa Branca trabalhou com várias entidades do governo dos Estados Unidos, incluindo a CIA (Agência Central de Inteligência) como membro de uma força parceira no Afeganistão. A informação foi divulgada pela Fox News Digital nesta quinta-feira (27).

De acordo com a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, os guardas feridos ainda estão em estado crítico e que a pena mínima será prisão perpétua. Suposto atirador foi identificado como Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos.

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Nascido no Afeganistão, Rahmanullah entrou nos Estados Unidos logo após retirada das tropas norte-americanas no país em agosto de 2021, durante o governo Biden. O afegão chegou aos EUA um mês depois, no âmbito da operação “Boas-vindas aos Aliados”.

Conforme fontes da inteligência afirmaram à Fox News, Lakanwal tinha um relacionamento prévio com várias entidades do governo dos EUA, incluindo a CIA, em razão do trabalho dele como membro de uma força parceira em Kandahar.

“Na sequência da desastrosa retirada de Biden do Afeganistão, o governo Biden justificou a vinda do suposto atirador para os Estados Unidos em setembro de 2021 devido ao seu trabalho anterior com o governo americano, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar, que terminou pouco depois da caótica evacuação”, disse o diretor da CIA, John Ratcliffe, à Fox News Digital.

“Esse indivíduo — e tantos outros — jamais deveriam ter tido permissão para vir para cá", continuou Ratcliffe. “Nossos cidadãos e militares merecem muito mais do que suportar as consequências dos fracassos catastróficos do governo Biden.”

O ataque é investigado pelo FBI. De acordo com o diretor do órgão, a polícia federal dos Estados Unidos está investigando o ataque a tiros contra dois soldados da Guarda Nacional em Washington na quarta (26) como um ato de terrorismo.

“Trata-se de uma investigação em curso por terrorismo”, declarou Kash Patel em coletiva de imprensa.

O ataque

Dois membros da Guarda Nacional foram baleados nesta quarta-feira (26), em Washington, perto da Casa Branca, e estão em estado crítico, um fato que a prefeita da capital dos Estados Unidos descreveu como um “ataque a tiros direcionado”.

Esse é o incidente mais grave envolvendo a Guarda Nacional desde que o presidente Donald Trump começou a enviar tropas às ruas de várias cidades governadas por democratas, pouco depois de iniciar o segundo mandato, em janeiro.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, anunciou durante uma visita à República Dominicana que enviará 500 militares adicionais para Washington.

Com o envio dessas tropas, o número de agentes da Guarda Nacional destacados na cidade passará para mais de 2,5 mil.

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas

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