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Seis cabeças humanas são encontradas em rodovia do México

Cabeças achadas em Tlaxcala são de homens; Ministério Público anunciou investigação

Bandeira do México

Autoridades mexicanas encontraram, nessa terça-feira (19), seis cabeças humanas abandonadas em uma rodovia que liga os estados de Puebla e Tlaxcala, informou o Ministério Público.

A descoberta, inédita nesta região, foi reportada por motoristas e posteriormente confirmada pelo Ministério Público de Tlaxcala, onde os restos mortais foram achados.

Outro crânio e mais restos humanos foram encontrados na cidade de Colima, informaram fontes da Polícia citadas por veículos de imprensa locais nessa terça-feira.

As cabeças encontradas em Tlaxcala são de seis homens. O Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação para identificar os responsáveis pelo crime.

Segundo informações da imprensa, no local teria sido encontrado um panfleto que atribui as decapitações a um acerto de contas entre quadrilhas que atuam no roubo de gás.

Embora em Puebla e Tlaxcala tenha sido detectada a presença de quadrilhas que operam no tráfico de drogas e de combustíveis, até agora os dois estados tinham se mantido livres de episódios de violência como este.

No entanto, nos últimos meses foi reportada a descoberta de corpos na fronteira entre as duas regiões.

Fatos assim se tornaram frequentes há mais de uma década em estados do norte e da costa do Pacífico mexicano, onde atuam quadrilhas de narcotraficantes.

Em 30 de junho passado, foram localizados 30 corpos, cinco deles decapitados em uma rodovia de Sinaloa (noroeste).

Em março de 2022, seis cabeças e vários restos humanos também foram abandonados no teto de um veículo na avenida principal da cidade de Chilapa (estado de Guerrero, sul).

Os achados em Tlaxcala e Colima ocorreram depois que um coletivo civil que busca pessoas desaparecidas reportou, no sábado, a descoberta de restos humanos em uma suposta vala clandestina em um cemitério de Tlaquepaque (estado de Jalisco, oeste).

Segundo o grupo Madres Buscadoras de Jalisco, os restos mortais seriam de pelo menos nove pessoas e estavam amarrados com cordas e fita adesiva.

No entanto, o Ministério Público de Jaliso assegurou que tem “elementos para presumir que se trata de sepultamentos que foram realizados conforme as leis”.

As autoridades regionais costumam autorizar enterros em valas comuns quando os corpos não chegam a ser identificados depois de um certo tempo.

Jalisco é o estado mexicano com o maior número de pessoas desaparecidas, com quase 16 mil de um total de aproximadamente 130 mil casos registrados no país, a maioria desde 2006, quando o Estado declarou guerra aos cartéis do narcotráfico. Desde então, o país registrou cerca de 480 mil homicídios.

*Com informações da AFP

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