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Roubo ao Louvre: casal com filhos é detido suspeito de ter participado do crime

Promotora de Paris apontou que roubo ao Louvre pode ter sido obra de criminosos de baixa patente; assaltantes acessaram o museu por meio de um elevador de carga

Com proprietários ilustres, as joias roubadas atravessaram dois séculos de história

Os dois suspeitos presos neste sábado (2), apontados como participantes do roubo ao Museu do Louvre, em Paris, na França, formam um casal com filhos. A informação foi divulgada pela promotora da capital francesa, Laure Beccuau, neste domingo (2). De acordo com ela, a ação no museu parisiense pode ter sido obra de criminosos de baixa patente.

Duas semanas atrás, uma quadrilha de quatro homens entrou no museu parisiense em plena luz do dia e, em poucos minutos, roubou joias da coroa francesa avaliadas em cerca de 102 milhões de dólares ( R$ 550 milhões), que ainda não foram encontradas.

A promotora disse à France Info que o perfil dos suspeitos não corresponde aos “geralmente associados aos escalões mais altos do crime organizado”. Apesar disso, ela observou que “há perfis pouco conhecidos dentro do crime organizado que ascendem rapidamente a delitos extremamente graves”.

No dia do roubo, dois assaltantes entraram no Museu do Louvre por um elevador de carga instalado na rua, usaram uma serra circular para arrombar as vitrines que guardavam as relíquias e fugiram em duas motocicletas conduzidas por cúmplices.

Prisões

Inicialmente, dois indivíduos foram detidos. Eles foram formalmente indiciados e presos na última quarta-feira (29). Posteriormente, mais cinco pessoas foram presas; três delas foram liberadas no sábado (1º), e duas permaneceram sob custódia após serem indiciadas.

De acordo com a promotora, os dois indiciados são um homem de 37 anos, suspeito de participar do assalto, e sua companheira, de 38 anos, com quem tem filhos. “Eles negaram qualquer envolvimento”, acrescentou Beccuau. Segundo a promotora, o homem recusou-se a depor.

O suspeito foi acusado de roubo qualificado e associação criminosa, enquanto a companheira foi acusada de cumplicidade nos mesmos crimes.

Aos prantos, a mulher compareceu ao tribunal de Paris no sábado (1º). Ela disse ter medo pelos filhos e por si mesma. O casal foi preso após vestígios de DNA serem encontrados no elevador de carga utilizado no roubo.

Embora as amostras de DNA do homem sejam “significativas”, os investigadores suspeitam que o material genético de sua companheira possa ter sido transferido por contato indireto com outra pessoa ou objeto, observou a promotora.

“Tudo isso precisa ser investigado”, afirmou. O homem acusado no sábado tem antecedentes criminais, com 11 condenações anteriores, sendo a maioria por furto. Ele já havia se envolvido em outro roubo com um dos detidos na quarta-feira (26), pelo qual ambos foram condenados em Paris em 2015.

Pelo menos um dos autores do assalto continua foragido, e há indícios de que outros cúmplices possam ter utilizado veículos de apoio. Por enquanto, as joias roubadas, entre elas uma tiara de pérolas que pertenceu à imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safira que pertenceu à rainha Maria Amélia, permanecem desaparecidas.

*Com informações de AFP

(Sob supervisão de Rayllan Oliveira)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas