Primeira-ministra de Bangladesh é condenada à morte por crimes contra a humanidade

Hasina foi responsável por incitar centenas de execuções extrajudiciais realizadas pelas forças de segurança durante protestos em 2024, segundo o tribunal

Sheikh Hasina, primeira-ministra de Bangladesh, foi condenada à morte

A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, de 78 anos, foi condenada à morte nesta segunda-feira (17) após ser considerada culpada por ter ordenado uma repressão violenta de protestos contra ela no ano passado. A manifestação levou à queda da ex-premiê.

“Todos os elementos constitutivos de um crime contra a humanidade estão reunidos. Decidimos impor uma única pena, a pena de morte”, declarou o juiz do tribunal de Dacca, Golam Mortua Mozumder.

Hasina foi responsável por incitar centenas de execuções extrajudiciais realizadas pelas forças de segurança, segundo o tribunal.

Famílias das vítimas estavam presentes no tribunal e aplaudiram a decisão.

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Os juízes declararam que Hasina cometeu “crimes contra a humanidade por sua incitação, ordens e omissão em tomar medidas punitivas”. Ficou claro para o júri que a ex-premiê “incitou os ativistas de seu partido e, além disso, ordenou que matassem e eliminassem os estudantes que protestavam”.

Durante os protestos no ano passado, acredita-se que cerca de 1,4 mil manifestantes morreram e 25 mil se feriram.

A ex-primeira-ministra enfrentou cinco acusações relacionadas principalmente à incitação ao assassinato de manifestantes, à ordem de enforcamento deles e ao uso de armas letais para reprimir os protestos.

Hasina, que nega todas as acusações, está em exílio na Índia, para onde fugiu no ano passado, e não esteve no tribunal. Ela governou Bangladesh de 2009 até 2024.

*Com CNN e AFP

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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