A ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, de 78 anos, foi condenada à morte nesta segunda-feira (17) após ser considerada culpada por ter ordenado uma repressão violenta de protestos contra ela no ano passado. A manifestação levou à queda da ex-premiê.
“Todos os elementos constitutivos de um crime contra a humanidade estão reunidos. Decidimos impor uma única pena, a pena de morte”, declarou o juiz do tribunal de Dacca, Golam Mortua Mozumder.
Hasina foi responsável por incitar centenas de execuções extrajudiciais realizadas pelas forças de segurança, segundo o tribunal.
Famílias das vítimas estavam presentes no tribunal e aplaudiram a decisão.
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Os juízes declararam que Hasina cometeu “crimes contra a humanidade por sua incitação, ordens e omissão em tomar medidas punitivas”. Ficou claro para o júri que a ex-premiê “incitou os ativistas de seu partido e, além disso, ordenou que matassem e eliminassem os estudantes que protestavam”.
Durante os protestos no ano passado, acredita-se que cerca de 1,4 mil manifestantes morreram e 25 mil se feriram.
A ex-primeira-ministra enfrentou cinco acusações relacionadas principalmente à incitação ao assassinato de manifestantes, à ordem de enforcamento deles e ao uso de armas letais para reprimir os protestos.
Hasina, que nega todas as acusações, está em exílio na Índia, para onde fugiu no ano passado, e não esteve no tribunal. Ela governou Bangladesh de 2009 até 2024.
*Com CNN e AFP