Mais de 15 mi de chilenos vão às urnas neste domingo (16) para eleger novo presidente

A candidata Jeannette Jara, representante da coalizão de esquerda, se destaca em um cenário de 1º turno

Disputa pela presidência do Chile leva milhões às urnas neste domingo (16)

Eleitores do Chile vão às urnas neste domingo (16) para eleger quem ocupará o cargo de Presidente do país de 2026 a 2030. A votação começou às 8h, para mais de 15,7 milhões de eleitores.

A candidata Jeannette Jara, representante da coalizão de esquerda, se destaca em um cenário de 1º turno, conforme pesquisa divulgada pela Atlas/Intel, à frente do candidato de extrema-direita José Antonio Kast, do Partido Republicano, que alcança 18,1% das intenções de voto.

As eleições também serão responsáveis por definir as cadeiras do Senado em sete das 16 regiões do Chile: Arica e Parinacota, Tarapacá, Atacama, Valparaíso, Maule, La Araucanía e Aysén. Este processo renovará 23 das 50 cadeiras do Senado, conforme informações do Serviço Eleitoral do Chile (Servel).

Além disso, segundo o Servel, os cidadãos irão votar na renovação de todas as 155 cadeiras na Câmara dos Deputados em todo o território nacional. Esta será a primeira eleição presidencial no Chile desde 2012 em que o voto será obrigatório. Quem não participar terá que pagar uma multa.

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Os candidatos

No total, oito candidatos estão na disputa pela sucessão do presidente Gabriel Boric. Os concorrentes são:

  • Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho no governo Boric, representa o Partido Comunista e é a candidata da aliança de esquerda Unidade pelo Chile, buscando permanecer no poder.
  • José Antonio Kast, político de extrema-direita que foi derrotado por Boric no segundo turno de 2021 e que concorre pelo Partido Republicano, por ele fundado.
  • Johannes Kaiser, deputado de extrema-direita indicado pelo Partido Nacional Libertário.
  • Eduardo Artés, professor e ex-candidato à presidência, concorre como independente.
  • Evelyn Matthei, ex-candidata à presidência e ex-ministra do Trabalho no governo do falecido ex-presidente Sebastián Piñera, é candidata pelo partido União Democrática Independente e pela coligação Chile Vamos.
  • Marco Enríquez-Ominami, outro ex-candidato que também se apresenta como independente.
  • Harold Mayne-Nicholls, jornalista e executivo esportivo, concorre como candidato independente.
  • Franco Parisi, ex-candidato do Partido Popular.

A legislação chilena determina que, caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta dos votos, ou seja, mais da metade dos votos válidos, um segundo turno será realizado entre os dois candidatos mais votados.

Se a Presidência não for decidida no primeiro turno, o segundo turno ocorrerá no domingo, dia 14 de dezembro. O vencedor da eleição tomará posse em 11 de março de 2026.

Punição para quem não votar

A legislação chilena estabelece que o voto nas eleições é obrigatório e que aqueles que não comparecerem às urnas poderão enfrentar uma multa entre 0,5 e 1,5 unidades tributárias mensais (UTM), conforme informou o governo chileno em setembro. Isso representa um valor que varia entre 34.771 e 104.313 pesos chilenos e, em dólares, oscila entre US$ 36,7 e US$ 110,15 - até R$ 587,98.

Segundo o governo, a medida se aplicará exclusivamente a cidadãos chilenos, não sendo válida para estrangeiros com direito a voto. Estarão isentos de penalidade aqueles que, no dia da eleição, estiverem doentes, fora do país ou a mais de 200 quilômetros de sua seção eleitoral, assim como aqueles que desempenharem funções relacionadas à votação e à apuração, que apresentarem impedimentos graves comprovados por um juiz ou que tenham algum tipo de deficiência.

*Com CNN

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