Eleitores do Chile vão às urnas neste domingo (16) para
A candidata Jeannette Jara, representante da coalizão de esquerda, se destaca em um cenário de 1º turno, conforme pesquisa divulgada pela Atlas/Intel, à frente do candidato de extrema-direita José Antonio Kast, do Partido Republicano, que alcança 18,1% das intenções de voto.
As eleições também serão responsáveis por definir as cadeiras do Senado em sete das 16 regiões do Chile: Arica e Parinacota, Tarapacá, Atacama, Valparaíso, Maule, La Araucanía e Aysén. Este processo renovará 23 das 50 cadeiras do Senado, conforme informações do Serviço Eleitoral do Chile (Servel).
Além disso, segundo o Servel, os cidadãos irão votar na renovação de todas as 155 cadeiras na Câmara dos Deputados em todo o território nacional. Esta será a primeira eleição presidencial no Chile desde 2012 em que o voto será obrigatório. Quem não participar terá que pagar uma multa.
Os candidatos
No total, oito candidatos estão na disputa pela sucessão do presidente Gabriel Boric. Os concorrentes são:
- Jeannette Jara, ex-ministra do Trabalho no governo Boric, representa o Partido Comunista e é a candidata da aliança de esquerda Unidade pelo Chile, buscando permanecer no poder.
- José Antonio Kast, político de extrema-direita que foi derrotado por Boric no segundo turno de 2021 e que concorre pelo Partido Republicano, por ele fundado.
- Johannes Kaiser, deputado de extrema-direita indicado pelo Partido Nacional Libertário.
- Eduardo Artés, professor e ex-candidato à presidência, concorre como independente.
- Evelyn Matthei, ex-candidata à presidência e ex-ministra do Trabalho no governo do falecido ex-presidente Sebastián Piñera, é candidata pelo partido União Democrática Independente e pela coligação Chile Vamos.
- Marco Enríquez-Ominami, outro ex-candidato que também se apresenta como independente.
- Harold Mayne-Nicholls, jornalista e executivo esportivo, concorre como candidato independente.
- Franco Parisi, ex-candidato do Partido Popular.
A legislação chilena determina que, caso nenhum candidato alcance a maioria absoluta dos votos, ou seja, mais da metade dos votos válidos, um segundo turno será realizado entre os dois candidatos mais votados.
Se a Presidência não for decidida no primeiro turno, o segundo turno ocorrerá no domingo, dia 14 de dezembro. O vencedor da eleição tomará posse em 11 de março de 2026.
Punição para quem não votar
A legislação chilena estabelece que o voto nas eleições é obrigatório e que aqueles que não comparecerem às urnas poderão enfrentar uma multa entre 0,5 e 1,5 unidades tributárias mensais (UTM), conforme informou o governo chileno em setembro. Isso representa um valor que varia entre 34.771 e 104.313 pesos chilenos e, em dólares, oscila entre US$ 36,7 e US$ 110,15 - até R$ 587,98.
Segundo o governo, a medida se aplicará exclusivamente a cidadãos chilenos, não sendo válida para estrangeiros com direito a voto. Estarão isentos de penalidade aqueles que, no dia da eleição, estiverem doentes, fora do país ou a mais de 200 quilômetros de sua seção eleitoral, assim como aqueles que desempenharem funções relacionadas à votação e à apuração, que apresentarem impedimentos graves comprovados por um juiz ou que tenham algum tipo de deficiência.
*Com CNN