O estado de Illinois processou o Governo Trump, nesta segunda-feira (6), pela decisão de enviar tropas da Guarda Nacional para Chicago. A Casa Branca mira cidades lideradas pelos democratas em meio a semana de protestos contra a campanha de fiscalização da imigração do Governo Federal.
O governo de Trump chegou a classificar Chicago, em Illinois,
A ação defende que o envio de tropas federalizadas para Illinois pelos réus é manifestamente ilegal. “Os autores pedem a este tribunal que interrompa a federalização ilegal, perigosa e inconstitucional de membros da Guarda Nacional dos Estados Unidos, incluindo as Guardas Nacionais de Illinois e do Texas.”
As justificativas de Trump para o envio de oficiais da Guarda Nacional foram chamadas de “mentiras” pelo ex-general, Major-General Randy Manner. “Elas não passam no teste de forma alguma em termos de qualquer tipo de insurreição. Ter um bando de manifestantes ali não é uma insurreição”, afirmou Manner.
Desde o início do mandato, Trump lançou uma ofensiva contra o crime e a imigração. Na noite de sábado (4), Trump autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago.
A medida acontece apesar da oposição de autoridades locais, incluindo o governador do estado de Illinois, cuja capital é Chicago, J.B. Pritzker. A decisão foi defendida, nesse domingo (5), pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que defendeu a tese de que Chicago é “uma zona de guerra”.
No programa “State of the Union” da CNN, Pritzker acusou os republicanos de tentarem ‘semear o caos’, nas palavras dele. “Eles querem criar uma zona de guerra para poder enviar ainda mais tropas. Eles precisam sair daqui o mais rápido possível”, disse.
As intervenções de Trump são rejeitadas pela maioria dos americanos. Uma pesquisa da CBS publicada neste domingo revelou que uma minoria de americanos, 42%, apoia o envio da Guarda Nacional para as cidades, enquanto 58% se opõem.
Apesar disso, Trump, que na última terça-feira (30) falou sobre usar o exército para uma “guerra interna”, não dá sinais de recuar em sua campanha de linha dura. “Portland está em chamas. Há insurgentes por toda parte”, disse ele nesse domingo (5), sem apresentar provas.
*Com CNN Internacional
(Sob supervisão de Fabrício Lima)