O governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, classificou
A medida é usada para justificar o envio de soldados contra a vontade da administração democrata de Chicago. A oposição acusa o presidente republicano de exercer o poder de maneira autoritária.
Desde o início do mandato, Trump lançou uma ofensiva contra o crime e a imigração. Na noite de sábado (4), Trump autorizou o envio de 300 soldados da Guarda Nacional para Chicago.
A medida acontece apesar da oposição de autoridades locais, incluindo o governador do estado de Illinois, cuja capital é Chicago, J.B. Pritzker. A decisão foi defendida, neste domingo (5), pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, a quem Chicago é “uma zona de guerra”.
No programa “State of the Union” da CNN, Pritzker acusou os republicanos de tentar semear o caos. “Eles querem criar uma zona de guerra para poder enviar ainda mais tropas. Eles precisam sair daqui o mais rápido possível”, disse.
As intervenções de Trump são rejeitadas pela maioria dos americanos. Uma pesquisa da CBS publicada neste domingo revelou que uma minoria de americanos, 42%, apoia o envio da Guarda Nacional para as cidades, enquanto 58% se opõem.
Apesar disso, Trump, que na última terça-feira (30) falou sobre usar o exército para uma “guerra interna”, não dá sinais de recuar em sua campanha de linha dura. “Portland está em chamas. Há insurgentes por toda parte”, disse ele neste domingo (5), sem apresentar provas.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, reproduziu a retórica do presidente ao declarar no programa “Meet the Press”, da NBC, também neste domingo, que as tropas enviadas a Washington, capital dos Estados Unidos, haviam se deslocado para uma “zona de guerra literal”.
*Com AFP
(Sob supervisão de Edu Oliveira)