A Rússia realizou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde julho, poucas horas após líderes globais se reunirem em Washington para discutir
A Força Aérea ucraniana informou que Moscou lançou 270 drones e 10 mísseis durante a madrugada desta terça-feira (19). Segundo a CNN, é o ataque mais pesado desde 31 de julho. Quatro mísseis e 16 drones conseguiram atravessar as defesas aéreas do país.
Os ataques deixaram oito mortos e 54 feridos em toda a Ucrânia nas últimas 24 horas. Cinco pessoas morreram em Donetsk e três em Zaporizhzhia, onde outras 33 ficaram feridas, segundo autoridades locais. Há também registros de civis feridos em Kharkiv, Kherson, Dnipropetrovsk e Nikopol.
Na região de Poltava, no nordeste do país, pelo menos 1.471 residências e 119 empresas ficaram sem energia após o que autoridades chamaram de “ataque massivo”, de acordo com o administrador militar regional Volodymyr Kohut.
Reunião na Casa Branca
Nessa segunda-feira (18), ocorreu em Washington uma reunião que buscava discutir um acordo de paz paz na Ucrânia.
Durante a reunião, Trump afirmou que acredita nos esforços para alcançar a paz duradoura em Kiev, mencionando acordos que possam evitar agressões futuras. O líder americano disse que todos
Os líderes se autodenominaram “coalition of the willing”, ou “coalizão de voluntários”, termo usado para indicar países unidos por um objetivo comum.
O conflito já dura 42 meses, com dezenas de milhares de mortos e milhões de deslocados.
Guerra na Ucrânia
A invasão russa começou em fevereiro de 2022. Atualmente, Moscou controla cerca de um quinto do território ucraniano. Ainda em 2022, Vladimir Putin decretou a anexação das regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Desde o início da guerra, milhares de soldados morreram na linha de frente, embora nenhum dos lados divulgue números oficiais de baixas. Segundo os Estados Unidos, 1,2 milhão de pessoas já morreram ou ficaram feridas no conflito.
A Ucrânia tem intensificado ataques dentro da Rússia, afirmando que o objetivo é destruir infraestrutura militar. Moscou, por sua vez, segue aumentando a ofensiva aérea, principalmente com drones. Ambos os lados negam ter civis como alvo, mas milhares já morreram desde o início da guerra.
A Rússia mantém exigências para aceitar um cessar-fogo, incluindo a renúncia da Ucrânia ao fornecimento de armas ocidentais e à entrada na Otan. O Kremlin também quer que Kiev ceda as quatro regiões ocupadas e a Crimeia, anexada em 2014.
* Sob supervisão de Marina Dias