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Hamas deve rejeitar plano de Trump para Gaza, diz autoridade do grupo

Segundo o integrante do grupo, o plano ‘serve aos interesses de Israel’ e ‘ignora os do povo palestino’

Faixa de Gaza durante a guerra

Uma autoridade do Hamas afirmou, nesta terça-feira (30), à BBC que o grupo deve rejeitar o plano de Donald Trump para cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo ele, a proposta “serve aos interesses de Israel” e “ignora os do povo palestino”.

É improvável que o grupo concorde em desarmar e entregar as armas, algo que está previsto no plano de 20 tópicos formulado por Trump e já aceito pelo premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.

Além de ser contra o desarmamento, o Hamas não concorda com a implementação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF, da sigla em inglês) em Gaza. Para o grupo, o ISF é uma forma de ocupação do território.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar informou que o Hamas estuda “de forma responsável” a proposta. A negociação envolve lideranças do grupo dentro e fora de Gaza.

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Há uma grande possibilidade de o comandante do grupo em Gaza, Ez al-Din al-Haddad, continue lutando em vez de aceitar o plano. Outras facções palestinas também devem participar das conversas sobre a proposta. Uma delas, a Jihad Islâmica Palestina, rejeitou o plano.

O grupo tem desconfiança com Israel, se o país não retomará as operações militares após a libertação dos reféns (uma das cláusulas do plano).

Vale lembrar que o presidente norte-americano deu um prazo de três ou quatro dias para o Hamas responder sobre o plano. Se o grupo rejeitar o plano, Trump afirmou que será um “fim muito triste”.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.