Representantes de Israel e do grupo palestino Hamas vão se reunir no Egito, nesta segunda-feira (6), para discutir “condições de campo e detalhes” para a troca de “todos os detidos israelenses e prisioneiros palestinos”.
O plano para acabar com o conflito que se arrasta por dois anos e já deixou milhares de mortos na Faixa de Gaza foi
O Egito espera que as discussões ajudem a “acabar com a guerra e o sofrimento do povo palestino, que já dura dois anos consecutivos”, afirmou o ministério em um comunicado.
As reuniões previstas fazem parte dos esforços contínuos do país, em coordenação com outros mediadores, “com o objetivo de pôr fim à guerra israelense na Faixa de Gaza”, afirmou.
“Estamos à beira de uma conquista significativa”, afirmou Netanyahu em uma declaração em vídeo ao vivo. “Ainda não é definitivo, mas espero que, durante o próximo feriado de Sucot, consigamos garantir a libertação de todos os reféns, vivos e mortos, mantendo nossa presença militar no interior da Faixa de Gaza.”
Críticas internas
Ministros de ultradireita do gabinete político-de segurança de Netanyahu e da coalizão criticaram duramente o premiê e o acordo emergente. O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, classificou a decisão de Netanyahu como “um erro grave e uma receita certa para o Hamas ganhar tempo e a crescente erosão da posição israelense”.
O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que, se o Hamas continuar existindo após a libertação de todos os reféns, sua facção não fará parte do governo.
Anúncio do Hamas
O Hamas anunciou que aceitaria alguns termos da proposta apresentada por Trump e que estava pronto para iniciar as negociações com os israelenses.
O plano de 20 pontos para o cessar-fogo na região descreve a retirada israelense gradual, a desmilitarização da Faixa de Gaza e supervisão internacional da reconstrução e governança de Gaza após o fim do conflito. O Hamas será excluído da estrutura de governança.
Sob os termos do cessar-fogo, Israel interromperá as ações militares e recuará para as linhas acordadas. O Hamas, dentro de 72 horas após a aceitação pública do acordo por Israel, deverá libertar todos os reféns, vivos e mortos.
Em troca, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 moradores de Gaza detidos após 7 de outubro de 2023.
(Com agências)