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Cessar-fogo em Gaza: Egito vai sediar encontro de Israel e Hamas sobre plano de Trump

Representantes israelenses e palestinos vão se reunir a partir desta segunda-feira (6) para discutir plano de cessar-fogo na região

Jovem da Palestina foi atingido por soldados de Israel

Representantes de Israel e do grupo palestino Hamas vão se reunir no Egito, nesta segunda-feira (6), para discutir “condições de campo e detalhes” para a troca de “todos os detidos israelenses e prisioneiros palestinos”.

O plano para acabar com o conflito que se arrasta por dois anos e já deixou milhares de mortos na Faixa de Gaza foi anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas depende de um acordo entre os dois lados envolvidos.

O Egito espera que as discussões ajudem a “acabar com a guerra e o sofrimento do povo palestino, que já dura dois anos consecutivos”, afirmou o ministério em um comunicado.

As reuniões previstas fazem parte dos esforços contínuos do país, em coordenação com outros mediadores, “com o objetivo de pôr fim à guerra israelense na Faixa de Gaza”, afirmou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou no sábado (4) a esperança de que todos os reféns israelenses mantidos em Gaza possam ser libertados em poucos dias.

“Estamos à beira de uma conquista significativa”, afirmou Netanyahu em uma declaração em vídeo ao vivo. “Ainda não é definitivo, mas espero que, durante o próximo feriado de Sucot, consigamos garantir a libertação de todos os reféns, vivos e mortos, mantendo nossa presença militar no interior da Faixa de Gaza.”

Críticas internas

Ministros de ultradireita do gabinete político-de segurança de Netanyahu e da coalizão criticaram duramente o premiê e o acordo emergente. O Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, classificou a decisão de Netanyahu como “um erro grave e uma receita certa para o Hamas ganhar tempo e a crescente erosão da posição israelense”.

O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, disse que, se o Hamas continuar existindo após a libertação de todos os reféns, sua facção não fará parte do governo.

Anúncio do Hamas

O Hamas anunciou que aceitaria alguns termos da proposta apresentada por Trump e que estava pronto para iniciar as negociações com os israelenses.

O plano de 20 pontos para o cessar-fogo na região descreve a retirada israelense gradual, a desmilitarização da Faixa de Gaza e supervisão internacional da reconstrução e governança de Gaza após o fim do conflito. O Hamas será excluído da estrutura de governança.

Sob os termos do cessar-fogo, Israel interromperá as ações militares e recuará para as linhas acordadas. O Hamas, dentro de 72 horas após a aceitação pública do acordo por Israel, deverá libertar todos os reféns, vivos e mortos.

Em troca, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 moradores de Gaza detidos após 7 de outubro de 2023.

(Com agências)

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