O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que “erradicará” o grupo Hamas caso o movimento islamista não cumpra o acordo de cessar-fogo firmado com
O governo americano tenta consolidar a trégua após novos confrontos e atrasos na entrega dos corpos de reféns por parte do Hamas. “Eles sabem o que combinamos. Se não se comportarem, iremos lá e os erradicaremos”, disse Trump na segunda-feira.
Entregas de reféns e tensões na trégua
Apesar da escalada da violência no fim de semana, Israel e Hamas afirmam manter o compromisso com o cessar-fogo. O governo israelense confirmou a entrega dos restos mortais do suboficial Tal Haimi, um dos reféns mortos.
Até o momento, o Hamas devolveu 13 dos 28 corpos previstos no acordo, que previa a entrega até 13 de outubro. Em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu cobrou o cumprimento integral do pacto.
“Não vamos ceder neste ponto. Não pouparemos esforços até que todos os reféns mortos sejam devolvidos”, afirmou o texto.
O Hamas respondeu que precisa de mais tempo e apoio técnico para localizar os corpos sob os escombros deixados pelos ataques.
JD Vance desembarca no país para reforçar as negociações
Após a passagem de Jared Kushner e Steve Witkoff por Israel, o vice-presidente JD Vance desembarca no país para reforçar as negociações. Ele deve discutir com Netanyahu “os desafios de segurança e as oportunidades diplomáticas” no Oriente Médio.
O plano de trégua prevê a troca de reféns por prisioneiros palestinos e propõe novos arranjos para o futuro de Gaza. No entanto, o acordo enfrenta dificuldades desde o início.
No domingo, Israel lançou dezenas de bombardeios contra o Hamas após a morte de dois soldados no sul da Faixa de Gaza. Segundo a Defesa Civil local, pelo menos 45 pessoas morreram.
Netanyahu acusou o grupo palestino de violar a trégua, o que o Hamas nega.
Reações e novos ataques
O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al Thani, condenou nesta terça-feira “todas as violações israelenses” na Palestina.
Trump afirmou que não pretende enviar tropas americanas à região, mas destacou que “Israel agiria em dois minutos” se ele pedisse.
Segundo autoridades de Gaza, quatro pessoas morreram na segunda-feira atingidas por disparos israelenses na Cidade de Gaza. O Exército de Israel disse que reagiu contra militantes que cruzaram a linha de trégua.
De acordo com o plano de Trump, as tropas israelenses recuaram para a chamada “linha amarela”, que garante o controle de metade do território de Gaza e de suas fronteiras, mas não das principais cidades.
Situação em Gaza
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O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas que matou 1.221 pessoas em Israel, em sua maioria civis. Em resposta, a ofensiva israelense deixou mais de 68 mil mortos em Gaza, também majoritariamente civis, segundo o Ministério da Saúde do território — números considerados confiáveis pela ONU.
Com agências
(Sob supervisão de Lucas Borges)