EUA rejeitam proposta de Maduro para renunciar em três anos, aponta jornal

Segundo reportagem publicada pelo New York Times, presidente da Venezuela estaria disposto a deixar o poder após período de transição de dois a três anos

Imagem dos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Venezuela, Nicolás Maduro

Os Estados Unidos (EUA) rejeitaram uma proposta de renúncia feita pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo reportagem publicada pelo New York Times com base em informações de fontes envolvidas nas negociações.

De acordo com o jornal, o então presidente Donald Trump havia autorizado conversas “paralelas” com integrantes do governo venezuelano. Durante essas tratativas, autoridades de Caracas sinalizaram que Maduro estaria disposto a deixar o poder após um período de transição de dois a três anos.

A proposta, no entanto, foi prontamente recusada pela Casa Branca, segundo a publicação. Para Washington, qualquer tipo de “prazo” para a saída do líder venezuelano era inaceitável.

Momento de tensão

A revelação ocorre em meio ao agravamento das tensões entre os dois países. Os Estados Unidos vinham aumentando a pressão diplomática e econômica sobre Caracas, ao mesmo tempo em que intensificavam operações militares no Caribe e no Pacífico, alegando combate ao tráfico internacional de drogas.

Maduro, por sua vez, tentou publicamente reduzir o clima de confronto, pedindo que não houvesse uma guerra e defendendo a retomada do diálogo com Washington.

Planos da CIA para ações na Venezuela

O New York Times também informou que Trump aprovou planos da CIA para possíveis operações secretas na Venezuela. Segundo a reportagem, o presidente participou de duas reuniões na Sala de Situação da Casa Branca para discutir alternativas sobre o país sul-americano com seus principais assessores.

Ainda assim, não há clareza sobre quais ações poderiam ser realizadas ou sobre um eventual cronograma. O jornal destacou que, até aquele momento, Trump não havia autorizado o envio de tropas à Venezuela.

Mesmo assim, o presidente afirmou, em entrevista concedida na segunda-feira (17), que não descartava mobilizar militares para o país, mantendo a pressão sobre Nicolás Maduro.

* Informações com CNN

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